Lançada em 2009, a nova Série R da Scania tornou-se bastante popular, vencendo inclusive o prêmio “Caminhão do Ano 2010”. As alterações em relação à geração anterior não foram muitas, mas foram suficientes para tornar o modelo ainda mais chamativo. O design frontal foi significativamente renovado e a grade foi o item que sofreu mais modificações, que, além do novo visual, permite a entrada de mais ar no motor, tornando seu arrefecimento mais eficiente. As alterações de estilo permitiram um melhor desempenho dos componentes aerodinâmicos, mas não interferiram nos padrões de contorno do veículo, fundamental para quem pretende ser o “King of the road” (O rei da estrada), slogan que tem distinguido os modelos da marca sueca. Para reforçar esses componentes aerodinâmicos, a Scania optou por novas extensões laterais que propiciam redução de 0,6% no consumo de combustível.
Tivemos a oportunidade de conduzir o Scania R equipado com motor de 13 litros e 480 cv de potência, duranteduas horas, num percurso de 150 km. A versão testada foi a top de linha. Na cabine Topline, encontramos bancos de couro, sistema Interactor 600 - computador de bordo que permite a interação online do motorista com a empresa , uma cama mais larga e confortável, bem diferente da anterior, que chegava a ser um ponto negativo do veículo, e muito espaço.
O motor de 480 cv possui torque de 255 mkgf , com 1 000 a 1 300 rpm. A transmissão automatizada Opticruise, agora sem embreagem - mas que pode ser montada, opcionalmente sem custo -, garante uma fluidez e suavidade durante a condução apreciável.
Em comparação aos motores V8, este seis cilindros só sente dificuldades nas subidas. Porém, em piso plano, roda muito bem, fora o conforto que proporciona ao condutor, mesmo que com o asfalto degradado do local por onde passamos. O isolamento sonoro é excelente e o amortecimento da cabine embala o motorista que, com o Cruise Control ligado, precisa apenas conduzir o volante. O piso praticamente plano permite facilmente a movimentação de uma pessoa dentro da cabine. A média de consumo foi de 32,08 litros, num percurso sem muitas subidas pelo caminho.
Uma cabine luxuosa e requintada
O que se nota logo ao sentar à cabine Topline é a qualidade dos materiais empregados. Bancos de couro, volante de madeira e tablier com tons claros, transmitem de imediato uma noção de qualidade e requinte. O painel de instrução já se utiliza do Driver Support, um sistema que dá dicas de condução ao motorista. Este dispositivo mede situações como o embalo do veículo nas subidas e descidas e a frequência de frenagens bruscas, sugerindo ainda a utilização da marcha ideal e as acelerações e desacelerações necessárias a serem feitas pelo motorista para antecipar-se aos movimentos dos veículos e obstáculos à frente.
Outros destaques são a cama, que possui entre 730 e 900 mm de largura e um colchão com molas individuais de 155 mm, e os ambientes livres dentro da cabine. São 633 litros de espaço no bagageiro para um volume de 8,3 m³ que parecem pouco, mas na verdade são bastante ergonômicos.
FONTE: Revista Transporte Mundial