A greve dos cegonheiros foi decidida em assembléia no último dia 7, após a Volkswagen sinalizar a intenção de romper os contratos com as companhias responsáveis pela distribuição dos veículos da marca no Brasil, como Tegma, Brazul e Transauto. O que causaria o descredenciamento de cerca de 20 mil caminhoneiros (sendo 5 mil só no grande ABC) autônomos/terceirizados.
Diante do grande risco de demissões em massa, paralisaram as atividades na região como forma de protesto e realizaram diversas carreatas e manifestações em frente a fábrica da montadora alemã, localizada em São Bernardo do Campo - SP.
Diante da paralisação da categoria e dos diversos protestos em frente a fábrica da montadora em São Bernardo do Campo - SP, a Volkswagen voltou atrás da decisão e decidiu manter o contrato com as empresas que prestam serviço a montadora.
Mas o que se deve o sucesso dessa paralisação? Talvez a primeira resposta que vêm a cabeça seja a força que o sindicato dos cegonheiros possui. Sim, toda essa força foi fundamental para as reivindicações da categoria fossem 100% alcançadas, mas a UNIÃO e a ORGANIZAÇÃO, foram dois fatores que contribuíram e muito para o sucesso da paralisação.
A UNIÃO pode ser vista a partir do momento que todos os caminhoneiros envolvidos na causa decidiram aderir a paralisação e participarem do movimento até que uma solução fosse apresentada. Já a ORGANIZAÇÃO pode ser vista na forma com que os protestos aconteceram, protestos esses pacíficos, sem bloqueios e com a cooperação de toda a classe.
Resumindo, a greve dos cegonheiros nos ensinou que, assim como eles, os demais caminhoneiros e sindicatos que representam a classe devem utilizar como base a UNIÃO e a ORGANIZAÇÃO. Somente assim as greves e manifestações como as que aconteceram no início desse ano resultarão em algo positivo.
TEXTO: Lucas Duarte
