Está virando rotina. Caminhões carregados batem em viadutos pondo em risco a vida de quem circula pelas ruas e avenidas da capital.
Em oito meses, foram três acidentes desse tipo. Um deles foi na Avenida Pedro I, onde ocorreu um acidente nessa quinta-feira. A carga transportada ultrapassava altura do viaduto. Mesma situação de outras duas ocorrências.
Os repórteres Gabriel Senna e Alípio Martins foram tentar descobrir porque esse tipo de acidente se tornou frequente.
Grácia diz que ainda não se recuperou de um dos maiores sustos da vida. Nessa quinta-feira, o carro em que estava foi parcialmente destruído em um acidente provocado por um caminhão com altura da carga acima do permitido. O caminhão ficou entalado neste viaduto da Avenida Pedro I.
No início do mês um problema parecido no Complexo da Lagoinha. Uma carreta que transportava uma retroescavadeira derrubou duas vigas ao tentar passar debaixo do Viaduto Oeste. Foram horas de trânsito parado.
No mesmo local, em agosto do ano passado, outra carreta ficou presa. A batida foi tão forte que deformou as peças de concreto com mais de dez toneladas.
Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito determina que veículos com carga acima de 4,40 metros de altura estão proibidos de circular dentro da cidade. Se existe esta determinação por que esses acidentes estão acontecendo com frequência?
A polícia reconhece que há problemas na fiscalização. Um especialista em trânsito diz que alguns motoristas alegam desconhecer a cidade. Ele diz ainda que uma sinalização complementar poderia ajudar a evitar os acidentes. Mas garante que nos três casos o que houve foi imprudência.
Transitar com veículo com dimensões acima do permitido é infração grave, punida com multa de R$ 127 e cinco pontos na carteira. Mas os infratores podem ser responsabilizados na Justiça pelos danos causados.
Para circular em vias urbanas, os caminhões com cargas de altura excessiva precisam pedir autorização aos órgãos de trânsito. Sobre a sinalização, a BHtrans informou que ela está correta, mas a empresa pretende reforçar as informações nos pontos de maior circulação de veículos de carga, inclusive com a indicação de rotas alternativas.
FONTE: Globo Minas: MGTV 1ª Edição