Facchini

Carreta derruba trator na Dom Aguirre

Uma carreta derrubou o trator que transportava na avenida Dom Aguirre ontem pela manhã. Ninguém ficou ferido, mas o acidente ocasionou lentidão no trânsito por mais de três horas no sentido bairro/centro. A carreta, que pertence à empresa Viaterra Terraplanagem e Demolição, seguia da garagem, na avenida 3 de março, para o canteiro de obras do Poupatempo, ao lado do terminal São Paulo. A Guarda Municipal autuou o motorista do veículo por ter derrubado o trator na via e atrapalhado o trânsito. O veículo estava com a documentação irregular e a Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência, mas não compareceu. O veículo foi liberado depois que um guindaste tirou o trator da pista.
A carreta prancha, placas GRX-1151 de Sorocaba, trafegava pela rua Mário Thame por volta das 10h30 quando, ao acessar a avenida Dom Aguirre no sentido bairro/centro, derrubou um trator de esteira que transportava no reboque. Os cabos de aço da carreta, que seguravam o trator, se romperam e o veículo, de dez toneladas, caiu na pista em frente a uma loja de produtos para jardinagem. Na queda, o asfalto foi parcialmente danificado e o trator quebrou, sendo necessária a ajuda de um guindaste para ser removido, cerca de três horas depois. O motorista da carreta José Carlos Nascimento disse que em 28 anos de profissão nunca aconteceu algo semelhante. Felizmente não machucou ninguém, falou.

GM, PM e documentação
Duas viaturas e oito guardas municipais estiveram no local devido a lentidão do trânsito, comprometido no sentido bairro/centro, para quem estava na avenida, e no centro/bairro, para quem estava nas avenidas Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes e São Paulo. De acordo com o GM Novaes, o motorista foi multado pelo artigo 231 do código de trânsito municipal por derrubar carga transportada em via pública, tida como infração gravíssima, com punição de sete pontos e multa de 180 Ufirs (cerca de R$ 191). Ainda segundo a GM, a documentação do reboque da carreta estava em dia, mas a do cavalo não.
O motorista trafegava com uma guia da Polícia Militar desde o dia 10 de agosto, quando foi autuado pelo Estado (PM) por não ter um estepe. A PM foi chamada para verificar a situação no local, uma vez que autuação, teoricamente, impediria o motorista de trafegar com aquele veículo. Mas as autoridades policiais não compareceram no local até que o veículo foi liberado. À reportagem, o oficial de plantão na emergência da PM (190), sargento Ronaldo Andrade e Souza, lamentou o ocorrido e assumiu que os responsáveis pelo acidente ontem passaram impunes quanto a autuação da PM.
O sargento admitiu que, nesse caso, essa carreta só será autuada ou guinchada se for, novamente, parada ou vistoriada pela PM, numa blitz, por exemplo. Ele explicou que no momento da ocorrência não havia viatura para atender a chamada e que: quando isso foi possível, a ocorrência havia sido concluída, lamentou ele que finalizou destacando a conduta da GM. Felizmente, sempre que nos ocorre essa situação, a GM corresponde ao chamado e nesse caso, agiu da melhor forma, defendeu.
O proprietário da empresa Viaterra, Bruno Dias Batista, lamentou o ocorrido e garantiu que os cabos de aço e o veículo estavam em condições normais de trabalho. Ele disse que o acidente foi uma fatalidade, que o trator será consertado e que isso não afetará em nada as obras do Poupatempo. Iniciada há duas semanas, as obras do Poupatempo são encabeçadas pela empresa Casa Grande Prestadora de Serviços e Construções, contratada pelo Estado após vencer a concorrência pública.

Populares
O acidente ontem na Dom Aguirre também atraiu curiosos. Funcionários de uma empresa próxima fotografaram e filmaram a ocorrência. Assim como populares que paravam nos semáforos da marginal. Alguns moradores próximos também estiveram lá. A maioria queria saber das proporções do acidente, imaginando que haviam feridos. Sorte que ninguém, nenhum carro, estava tentando ultrapassá-lo. (...) Que o trator não caiu em ninguém ou num carro, falavam.
O aposentado Jair Geraldo Pinto, morador do bairro Santa Rosália, percebeu que havia movimentação na Dom Aguirre e, devido o congestionamento, deixou o carro e seguiu a pé até o local. Ele contou que procurava pela filha. Ela saiu há pouco de casa e eu saí atrás. Como vi o congestionamento, fiquei aflito, imaginei que fosse algo com ela. Mas felizmente não é e ninguém se feriu, comemorou. A dona de casa Amélia Siqueira também passou pelo local e parou para ver o trator no guindaste. É raro ver uma coisa dessas. E muita sorte de todos, porque ninguém saiu ferido. Imagina se a carreta vira também?, observou.
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