O Banco Iveco Capital, a divisão de financiamento de veículos pesados do Banco Fidis, cresceu 67% nos primeiros sete meses do ano, impulsionado pelas linhas especiais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "O crescimento foi bastante intenso de janeiro a julho, principalmente por causa dos repasses do BNDES", ressaltou com exclusividade ao DCI, o Chefe de Operações do Banco Iveco Capital, Jucivaldo Feitosa.
O executivo tem motivos para comemorar a boa performance. O Iveco Capital financiou 2.769 veículos pesados das marcas Iveco e Fiat nesse período com recursos de R$ 363,65 milhões.
A distribuição ocorreu nas quatro modalidades de financiamento que o banco atua. Na linha Finame/PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do BNDES foram financiadas 1.837 unidades, ou R$ 247,55 milhões.
O programa Pró-Caminhoneiro, linha do BNDES para pessoas físicas e microempresas do setor de transporte de carga, resultou em 552 unidades financiadas ao valor de R$ 79,79 milhões.
Já as linhas tradicionais, com recursos livres do banco, geraram 163 unidades financiadas no sistema de leasing no valor de R$ 17,01 milhões e outras 142 unidades através do Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que atingiu uma carteira de R$ 13,56 milhões.
O Banco Iveco Capital ainda realizou 75 operações de capital de giro para as concessionárias como financiamento de estoque que movimentaram R$ 5,74 milhões nos sete primeiros meses.
De acordo com Feitosa, na performance mensal, a carteira do Iveco Capital avançou de R$ 1,1 bilhão em junho para R$ 1,2 bilhão em julho. "Devemos fechar 2010 com um crescimento de 70% em espiral crescente com um segundo semestre muito aquecido", prevê Feitosa.
O executivo também está animado para o próximo ano. "Vamos dobrar de tamanho até o final de 2011. Nossa carteira no varejo vai atingir R$ 1,8 bilhão, que somados ao financiamento do estoque deve alcançar R$ 2,4 bilhão até lá", prevê Feitosa.
Ele explicou porque os repasses do BNDES representaram cerca de 90% dos financiamentos. "A taxa do Pró-Caminhoneiro tem juros de 4,5% ao ano, ao passo que o CDC pode variar entre 1,33% ao mês em 24 meses, e 1,4% ao mês para prazos entre 48 e 60 meses", detalha Feitosa.
O Banco Iveco Capital fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 18 milhões e seu índice de Basileia está em 15, bem acima do mínimo de 11 exigido pelo Banco Central (BC). "A instituição está bem capitalizada", garantiu.
Segundo ele, o banco financia 40% de todos os veículos produzidos pela Iveco e seus principais concorrentes são Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.
O Banco Volkswagen também tem o que comemorar no setor de caminhões. O banco da montadora alemã financiou 60% dos caminhões MAN financiados no Brasil. "Se somarmos os vendidos à vista, podemos dizer que dos 28 mil caminhões MAN e Volkswagen vendidos até julho, cerca de 50% foram financiados pelo Banco Volkswagen", revelou ao DCI o gerente de Produtos do Banco Volkswagen, Marcos Ferreira.
Ele calculou que as vendas de caminhões cresceram 29% no primeiro semestre. De fato, de acordo com números da Associação Nacional das Entidades Financeiras das Montadoras (ANEF), o setor vendeu 82,6 mil caminhões no primeiro semestre, ante 64 mil registrados no mesmo período de 2009. Ferreira contou que a carteira de caminhões e ônibus do Banco Volkswagen atingiu R$ 2,2 bilhões até julho. "Nesses sete meses, ficamos em primeiro lugar no ranking de liberação de recursos do BNDES", comemorou.
"O PSI e o Pró-Caminhoneiro acabam em setembro, mas isso mantém as vendas aquecidas", avalia Ferreira. Ele detalhou a importância do BNDES ao citar a distribuição das vendas de caminhões e ônibus: 10% à vista, 9% CDC, 6% leasing, 2% consórcio e demais 73% em linhas BNDES.
A instituição financeira da montadora alemã que possui 770 funcionários no Brasil registrou a solidez de ser um dos 9 bancos nacionais com nota AAA da agência S&P e tornou-se o 15° banco em volume de recebíveis no BC.
O Banco Volkswagen também viu sua carteira de automóveis atingir R$ 2,6 bilhões no mesmo período. "A expectativa do mercado é de vendas de 3,4 milhões de unidades, frente aos 3 milhões do ano passado", afirma Ferreira.
Em automóveis, a distribuição foi: 38% à vista, 43% CDC, 13% leasing e 6% consórcio. Segundo ele, os principais concorrentes são Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. Em nota, o Itaú afirma a liderança da carteira de veículos, com R$ 55,1 bilhões até 30 de junho.
FONTE: DCI