A empresa que ganhar o leilão para explorar trechos da rodovia BR 101 - compreendidos entre a Bahia até a divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro - terá o prazo de um ano para concluir a recuperação da rodovia, sinalização e acostamento. No entanto, o auxílio ao usuário com serviços de guincho, serviços médicos e mecânicos tem que estar disponível em seis meses.
A empresa que ganhar o leilão para explorar trechos da rodovia BR 101 - compreendidos entre a Bahia até a divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro - terá o prazo de um ano para concluir a recuperação da rodovia, sinalização e acostamento. No entanto, o auxílio ao usuário com serviços de guincho, serviços médicos e mecânicos tem que estar disponível em seis meses.
As informações foram dadas em uma audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na tarde desta segunda-feira (09), no Centro de Convenções de Vitória. Cerca de 150 pessoas participaram da audiência.
A empresa será responsável pelos 475,9 KM da rodovia durante 25 anos e os investimentos serão de R$ 2,35 bilhões. Ao final do trabalho de recuperação, a cobrança do pedágio será iniciada em todas as sete praças.
De acordo com o superintendente de Exploração da Infraestrutura Rodoviária da ANTT, Mário Mondolfo, que coordenou a audiência, o total a ser cobrado pelos sete pedágios será no máximo de R$ 32,00. "O preço teto do pedágio é de R$ 0,68 por quilômetro, já o preço da praça varia de acordo com os quilômetros que a pessoa vai percorrer de uma praça para outra. No leilão, a empresa que vencer vai ser a que apresentar a menor tarifa".
Segundo Mondolfo, em outras concessões de rodovias federais a redução tem variado entre 20% e 40%. O superintendente disse que a diminuição dependerá da situação econômica do Brasil e do mundo quando a licitação for realizada. Se no ano que vem a economia estiver aquecida, maiores são as chances de redução.
As cobranças ainda estão longe de começar, mas nas ruas, os motoristas já estão insatisfeitos com o valor do pedágio. O gerente de um posto de gasolina, Charlei Munalbi, 38, acha válida a privatização, mas não concorda com o preço estipulado.
"Vamos ter que começar a separar um dinheiro a mais para poder pagar. Mas eu acho em um ponto válido, afinal, teremos mais segurança, pista dupla, acostamento. Isto acaba tornando mais segura a viagem".
Já o pintor industrial, José Hilton Ramos, 35, não concorda. "Absurdo. Já pagamos tantos impostos com o carro que não é justo. As estradas vão melhorar, mas já pagamos para que isto ocorra".
O leilão para para definir qual empresa será responsável pelas obras e pela cobrança está previsto para o final deste ano e a cobrança do pedágio deve ocorrer em 2012.
Passagens podem ficar mais caras
A cobrança do pedágio na BR 101 pode refletir no transporte coletivo intermunicipal. Segundo o secretário geral do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo (Setpes), Jaime Carlos De Angeli, para calcular o valor da tarifa são levados em consideração os custos da viagem.
Com a cobrança do pedágio, o valor também seria incluído no cálculo."Por outro lado os gastos com manutenção e combustível podem diminuir, uma vez que teremos uma via mais rápida e com menos problemas. Neste caso um compensaria o outro", explica o secretário.
O representante do Setpes na região Sul, Jersílio Cypriano, informa que ainda não sabe se as empresas de transporte coletivo terão alguma isenção ou redução nas tarifas dos pedágios, mas adianta que o órgão deverá se reunir com as empresas e representantes da ANTT para saber qual tipo de alteração haverá no valor da passagem.