Uma comissão de empresários e caminhoneiros reuniu ontem com Benedito Wilson de Sá, promotor do Meio Ambiente e do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MPE), para discutir propostas para definir a questão da circulação de veículos pesados em Belém, ainda sem solução.
Durante a reunião, o promotor sugeriu a criação de corredores de tráfego para desafogar o trânsito na cidade. Nesta proposta, a circulação de caminhões acima de 5,5 toneladas ficaria restrita à avenida Bernardo Sayão, rodovia Arthur Bernardes, área portuária de Icoaraci, avenida Pedro Álvares Cabral (a partir da Arthur Bernardes) e avenida Perimetral. A proibição de circulação nesses corredores seria no horário de 6h às 9h e de 16h às 19h.
Os empresários concordaram com a criação dos corredores, mas gostariam que a circulação dos veículos fosse livre, sem horários restritos.
MÁRIO COVAS:
Outra sugestão da categoria foi a inclusão da rodovia Mário Covas para a circulação dos veículos. “Com a rodovia Mário Covas, seria perfeito, essa proposta tiraria de circulação do Entroncamento cerca de 700 caminhões de carga por dia”, disse Daniel Carvalho, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Pará.
Após a reunião, ficou acertado que os empresários tentariam uma audiência com o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, para solicitar a liberação de circulação na rodovia Mário Covas, já que um decreto municipal proíbe a atividade naquela rodovia, em Ananindeua. “Depois vamos reunir novamente e tentar amadurecer as ideias para um trânsito melhor. Quando chegarmos a um acordo, vamos levar até o Poder Judiciário para que haja uma decisão”, afirmou o promotor. Caso a proposta seja aceita, deve ficar em experiência pelo prazo de 120 dias.
DECISÃO
Atualmente, está em vigor a decisão proferida pelo desembargador Ricardo Nunes, que estabeleceu um prazo de 60 dias para que a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) realize estudos e se adeque à proibição do transporte de carga em 13 corredores de tráfego em Belém, de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h.
Este prazo se encerra em setembro, mas, segundo o promotor, há ainda mais 30 dias corridos da sentença, o que estenderia o prazo até o mês de outubro.
Em nota, a CTBel informou que o processo sobre a situação da circulação do transporte de carga está na esfera judicial, “não cabendo mais a outras instituições realizar reuniões para minimizar ou buscar soluções ao problema, pois só quem pode decidir agora é a Justiça, e para tanto a CTBel já entrou com recurso”.
FONTE: Diário do Pará
