A Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro está fazendo um novo planejamento da infra-estrutura fluminense para que o engarrafamento nas rodovias não bloqueio o crescimento econômico estadual. A mais preocupante das rodovias é a Via Dutra (Rio-São Paulo), que tem gargalos na Baixada e na Serra das Araras. Apesar dos investimentos previstos na via para os próximos anos, eles já não são vistos como suficientes e uma nova estrada entre as principais cidades do País é estudada.
A proposta de construção de rodovia paralela à Dutra será um dos temas abordados no debate que acontece na próxima sexta-feira, às 14h, na Aciap (Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e Prestadora de Serviços de Barra Mansa). A proposta considerada mais viável pelos técnicos da secretaria é um prolongamento do sistema paulista Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que liga a capital paulista a Taubaté. Com o desenvolvimento dos polos industriais ao longo do Vale do Paraíba, a ligação com os municípios fluminenses é considerada vital.
"Mesmo com todos os investimentos previstos em contrato pela concessionária, a Via Dutra não atenderá ao crescimento do tráfego nos próximos anos", prevê o subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho.
Volume de tráfego
Segundo a Nova Dutra, que administra a via, passam pelo rodovia em média 870 mil veículos por dia. Balanço do segundo semestre aponta crescimento de 6,9% no volume de tráfego. Trechos como o da Baixada e de Resende dão sinais de saturação.
O conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ) Antônio Eulálio defendeu a nova ligação. Segundo ele, quanto mais cedo o projeto for elaborado, mais barato ele ficará. "A ideia é viável, mas tem que ser realizada com planejamento. Sem projeto executivo bem feito, uma obra custa 40% a mais. Por isso, quanto mais cedo melhor", afirmou o engenheiro. O trecho entre Taubaté e Rio de Janeiro teria cerca de 300 Km e o custo do projeto está estimado em R$ 5 bilhões. A execução demoraria dez anos.
FONTE: Terra
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