Três representantes dos caminhoneiros da área de terraplanagem, que desde a madrugada desta quinta-feira (16) estão parados em uma das faixas da Avenida Escola Politécnica, na Zona Oeste de São Paulo, se reuniram nesta manhã com representantes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A categoria reivindica a permissão de circulação na Marginal Pinheiros e avenidas dos Bandeirantes e Jornalista Roberto Marinho, restritas para veículos de carga desde 2 de setembro.
Os caminhoneiros contam que, para retirar terra e entulho de obras em uma das três vias, precisam cadastrar o endereço na Prefeitura. Assim, podem chegar e sair dos locais, mas utilizando o menor trecho possível das vias. Por isso, cortam caminho por vias locais, como as avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi, que ficaram sobrecarregadas.
“Se eu tenho uma obra na Ponte Cidade Jardim, por exemplo, posso pegar a marginal para sair dela, mas tenho que pegar o primeiro acesso que tiver para dentro do bairro”, contou o caminhoneiro Vlademir Vieira Leite, de 45 anos. “E ainda querem proibir na Marginal Tietê, na Juntas Provisórias. Se isso acontecer, sou a favor de parar as obras em São Paulo”.
Cerca de cem motoristas permaneciam parados na pista sentido Marginal Pinheiros da Avenida Escola Politécnica, desde a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, por volta das 10h30 da manhã. A CET e a Polícia Militar acompanhavam a situação, que era tranquila. Quem passava pelo local enfrentava trânsito lento, mas sem grandes problemas.
Os motoristas reclamam de ter que cortar caminho por dentro da cidade – já que para eles, que trabalham em obras dentro da cidade, o Rodoanel, apontado pela Prefeitura como alternativa para a Marginal Pinheiros, não adianta.
“O trânsito aumentou muito. A Avenida Morumbi está sobrecarregada. Ela é muito estreita, não dá para andar com os carros ao lado. Está prejudicando todo mundo”, contou o motorista Silvio de Abreu Oliveira, de 43 anos. “Fazemos muitas obras por dia, vamos para obras diferentes, não dá para cadastrar tudo. E o trânsito nas avenidas piorou, não dá mais para andar na Giovanni Gronchi”, explicou João Augusto, de 38 anos.
A categoria – que já está cadastrada para circular dentro da Zona Máxima de Restrição, reivindica o fim da proibição nas três últimas vias restritas. Os motoristas parados na avenida da Zona Oeste aguardam o fim da reunião e um posicionamento de seus representantes para saber quando os caminhões serão retirados da via. Eles ameaçam seguir em carreata pela Marginal Pinheiros caso não haja nenhum avanço no encontro com a CET.
Resoluções
De acordo com César Augusto Moreira, um dos representantes que participou da reunião, a CET sinalizou que irá estudar possíveis mudanças e marcou uma reunião para o dia 24. O representantes estavam a caminho da Avenida Escola politécnica por volta das 11h, onde iriam conversar com os motoristas e resolver a manifestação.
FONTE: G1 SP