O preço do combustível poderá ficar mais caro nas próximas semanas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Postos de Combustível, Romeu Delillo, a Petrobras está solicitando o abastecimento dos Estados de Rondônia e Acre da refinaria de Paulínia no Estado de São Paulo. Atualmente, o abastecimento é realizado via fluvial por meio das balsas que saem da refinaria de Manaus. Com a prolongada estiagem que afeta os principais rios da região, por conta das baixas águas, o transporte do produto tem encontrado dificuldades para chegar aos distribuidores.
A prolongada estiagem na região Amazônica que tem dificultado o transporte de combustível pelos rios, dessa forma deverá afetar o setor significativamente. O que segundo o Romeu Delillo deve encarecer o produto, já que a gasolina, álcool e Diesel vai ser transportado por carretas vindas de São Paulo. “Sabemos que o transporte rodoviário é relativamente mais caro, dessa forma o preço poderá ser reajustado pela Petrobras nas próximas semanas caso perdure a estiagem que estamos passando na região”, disse Delillo.
O presidente do setor destacou ainda, que os proprietários dos postos de combustíveis têm registrado um prejuízo considerado nessas últimas semanas. E informou que os prejuízos não foram calculados totalmente, mas a estimativa é que esteja por volta dos quase 20% somente na Capital. “É um problema que afeta a todos, hoje temos alguns postos em Rio Branco que estão sem combustível, por conta do problema no transporte das balsas. Principalmente as que vêm de Manaus para Rondônia”, relatou Romeu.
Mesmo com as dificuldades encontradas no transporte dos combustíveis pelos rios da Amazônia, grande parte dos postos em Rio Branco ainda estão disponibilizando o produto ao consumidor. Mas se os problemas ocasionados pela estiagem persistirem, ou seja, o baixo nível das águas, os produtos deveram chegar da refinaria de Paulínia do Estado de São Paulo.
Romeu Delillo esclareceu ainda, que os preços dos fretes das carretas que deverão trazer o produto vai ser acrescido no combustível. Com isso, o consumidor vai acabar pagando mais caro. “Queremos que a estiagem não perdure por muito tempo, mas se continuar não vamos poder evitar um pequeno aumento no valor final combustível na Capital e no interior do Estado”, informou Delillo.
O certo é que o consumidor deve torce para que as águas dos rios voltem a subir, para que o transporte se normalize e os valores finais do preço da gasolina, álcool e diesel não sofram alteração.
O preço do combustível na região norte já foi bastante debatido e criticado, mas os representantes da Petrobras esclareceram por várias vezes que os preços são referentes ao alto custo dos fretes e da armazenagem, além das variações nas quantidades vendidas, garantias reduzidas, grandes distâncias e riscos ambientais.
FONTE: ORB