Por conta da falta de policiamento rodoviário nas estradas brasileiras, que não consegue atender toda a demanda por segurança, o transporte de cargas tem se tornado um alvo fácil para o crime organizado. Empresas alimentícias, de eletroeletrônicos e farmacêuticas, por exemplo, têm adotado a escolta armada como medida para evitar os altos altos prejuízos – que chegam a R$ 300 mi por ano, em todo o País com esta modalidade de roubo.
No Brasil, há pelo menos 90 mil homens trabalhando nas 300 empresas autorizadas a funcionar pela Polícia Federal, em um setor que cresce, em média, 10% ao ano. “A escolta armada vem para dificultar ao máximo o roubo de carga já que, além de outras medidas preventivas, a presença de vigilantes armados inibe a ação desses bandidos que, hoje, são quadrilhas que obtém informações e se preparam para agir de maneira eficiente”, explica Autair Iuga, vice-presidente do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo).
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em 2009 o Estado registrou 7.776 roubos de cargas, um número 14,4% superior ao de 2008, quando foram registradas 6.653 ocorrências. A capital e a Grande São Paulo são as regiões que mais tiveram ocorrências de roubo de cargas.
Embora não sejam as mercadorias de maior valor, os produtos alimentícios – que são fáceis de revender – ficaram em primeiro lugar entre as cargas mais visadas. Ultrapassaram medicamentos e produtos eletrônicos, estes dois últimos os mais visados até 2008. “A escolta armada passou a atender redes varejistas e a proteger mercadorias como café, carne bovina e outras”, explica Iuga. Ainda de acordo com o vice-presidente do Sesvesp, cerca de 80% das ocorrências de roubo de carga acontecem em um raio de até 150 Km da Capital de São Paulo e as rodovias mais críticas são a BR116 (Regis Bittencourt) e a Anhanguera, seguidas pelo Rodoanel Mário Covas.
FONTE: 1ª Mão