Nem só de investimentos, novos empregos e forte crescimento vivem os cinco municípios cortados pelos cem primeiros quilômetros da BR-101. A forte expansão registrada desde que a rodovia foi duplicada impõe novos desafios à região. Os principais estão relacionados à modernização da infraestrutura e à capacitação da mão de obra.
A maior delas é a necessidade de ampliação da BR-101. “Com a duplicação da BR-280, é grande a possibilidade de aumentar o fluxo na BR-101 por causa do grande número de turistas que vão para as praias e de caminhões que se dirigem ao Porto de São Francisco do Sul para escoar as mercadorias”, diz a professora de economia regional da Univille Eliane Martins.
O vice-presidente da Fiesc, Mário César Aguiar, alerta para um outro problema: o uso da BR-101 como uma via urbana, principalmente nos horários de pico. “Acabou formando-se um gargalo nas proximidades de Joinville.” Ele lembra que o fluxo de veículos tende a crescer mais, também devido à inauguração do Porto de Itapoá, em dezembro; ao aumento no número de turistas; e ao crescimento na frota de carros.
A necessidade de ampliação da BR-101 está na pauta de discussões da entidade empresarial catarinense, que deve encomendar um estudo para avaliar as alternativas de longo prazo para o sitema viário catarinense.
A OHL, que administra a rodovia há dois anos, tem planos de investimento de R$ 3,1 bilhões em melhorias na BR-101. O valor é previsto para até o final do término da concessão, em 2033.
Outra preocupação está relacionada à questão energética. Segundo o chefe da Agência Regional da Celesc em Joinville, Eduardo Cesconetto de Souza, há um gargalo energético em Araquari para abastecer as unidades consumidoras de médio porte, pois a região é atendida por dois alimentadores que estão em situação crítica de carregamento.
“Para solucionar o problema, estamos em negociação para implantar, em caráter urgente, uma subestação às margens da BR-101. A Prefeitura está auxiliando neste assunto”, explica. Cesconetto diz que para não há problemas para atender às indústrias de grande porte, que consomem mais de 2 MW.
FONTE: A Notícia