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Scania V8: a história de uma lenda

O King of the Road, o Scania Rei da Estrada, tem motivos de sobra para ser destaque nas estradas brasileiras: a maior potência do mercado nacional e o visual com design exclusivo. Além disso, o motor V8 de 16 litros é a menina dos olhos de muitos transportadores, que o consideram sinônimo de força, robustez e confiabilidade. Desde que foram lançados no Brasil, na década de 1970, o V8 é conhecido pelo seu excelente desempenho, característica que deu origem ao apelido “Rei da Estrada”.
No ano passado, o motor V8 completou 40 anos com status de lenda e milhares de fãs espalhados pelo mundo. O primeiro deles foi lançado com a versão de 350 cavalos, que por muito tempo foi aclamado como o motor mais potente da Europa. A configuração em V se deu por uma razão prática: oito cilindros em linha não caberiam embaixo de uma cabine convencional. Nasceu aí uma unidade motriz potente, mas bastante compacta: um V8 a 90 graus que deslocava um volume de 14,2 litros.
Único por vários motivos, o motor não possuía nenhum antecessor no mundo dos motores a diesel. Ele foi projetado para trabalhar com o turbocompressor desde o começo e era dimensionado para assegurar um excelente desempenho durante uma longa vida útil. Rapidamente, os veículos LK 140 foram aclamados. Os clientes gostavam do emblema V8 na grade e do som típico do motor de 350 cavalos, o mais potente do mundo na época. Aqui no Brasil, o LK 140 chegou em 1975 e virou sucesso.
Seguindo a tendência de ajustes para acompanhar, sempre na vanguarda das evoluções do mercado, os engenheiros da Scania projetaram o LK 141, que oferecia a potência de 375 cavalos. No Brasil, os primeiros veículos do modelo foram fabricados em 1978. A linha consolidou o conceito de torque máximo em baixa rotação. Surgia assim a filosofia “dirija no verde”, uma alusão à faixa no medidor de rotações – o verde significa que o motor está em uma rotação mais econômica.
Anos depois, surgia a Série 2, lançada na Europa em 1982 e um ano após no Brasil. A linha trazia uma inovação: a adição do Intercooler, sistema responsável pelo resfriamento do ar de admissão que reduzia o consumo de combustível. Com ele, o motor V8 passou a ter a potência de até 400 cavalos.
Posteriormente, veio a Série 3, que aumentou a potência para 450 cavalos. 
Entre 1996 e 2001, o Brasil não fabricou caminhões equipados com o lendário motor, pois poucos segmentos conseguiam aproveitar todas as vantagens competitivas dele frente às limitações de carga da legislação nacional da época. A volta do V8 foi marcada pelo lançamento da série especial Rei da Estrada em 2001. Com um motor de 16 litros, o veículo desenvolvia até 480 cavalos.
Nove anos depois, o modelo é reeditado com o nome “King of the Road” e oferece a maior potência do mercado nacional. Se comparado com o LK 140, lançado aqui no Brasil 35 anos atrás, o torque teve incremento de 116% e a potência aumentou 37%, o que assegura o título do V8 580 cavalos como o rei das estradas brasileiras.
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