A frota de caminhões foi a que teve o maior nível de crescimento em Ribeirão Preto no último ano. De acordo com os dados do Departamento Nacional de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), o percentual de avanço no total de caminhões na cidade foi de 10,4% entre setembro de 2009 e o deste ano, o maior entre os sete tipos de veículos pesquisados —a frota de carros cresceu 8,6% e a de motos 8,9%. Em setembro do ano passado, existiam 9,8 mil caminhões em circulação nas ruas de Ribeirão, no mesmo mês deste ano, esse número passou para 10,8 mil —média de 85 novos veículos desse tipo por mês na cidade.
Para Creso de Franco Peixoto, mestre em transportes e professor do Moura Lacerda, a taxa de crescimento dos caminhões em Ribeirão está diretamente relacionada com o crescimento da economia. “Esse percentual obtido no último ano mostra que o desenvolvimento de negócios na cidade ainda é maior em relação à média nacional, que tem crescimento de aproximadamente 7%”, disse Peixoto.
O economista da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão (FEA-RP/USP), Edgard Monforte Merlo, disse que além da evolução das empresas, as taxas de juros e ampliação de financiamentos também contribuíram para a alta na frota. A indústria ribeirão-pretana Basequímica ajudou a reforçar os números com a compra de sete novos caminhões. “Ainda vamos comprar mais dez unidades neste ano, e ficar com uma frota de 42 caminhões”, disse o gerente de logística da empresa, Gladstone Propheti.
De acordo com Mauro Haddad, diretor de transportes da Transerp, empresa que gerencia o trânsito e o transporte na cidade, o crescimento foi significativo apenas para o mercado. “Não houve impacto em relação a estrutura do trânsito, pois a maioria desses caminhões não circula na cidade”, disse. Mas, para o mestre em transportes Creso Peixoto, a tendência é que a alta seja sentida no fluxo do trânsito de avenidas da cidade. “Com mais caminhões, mesmo que muitos saiam da cidade, teoricamente há uma redução na velocidade das principais vias. E já é possível sentir isso em Ribeirão”, disse.