A falta de infraestrutura logística do País é um dos desafios para o próximo governo, que será liderado pela presidente eleita Dilma Roussef. A avaliação é da ABEPL (Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística).
De acordo com o presidente da associação, Luciano Rocha, o Brasil vive hoje um paradoxo em termos de economia. Para o empresário, o crescimento econômico do País pode significar uma estagnação da própria economia no futuro, consequência da falta de prioridade do governo na expansão e melhoria dos meios utilizados para a movimentação de cargas.
“É estranho dizer, mas a própria economia do país será a responsável pela limitação do crescimento econômico nos próximos anos se o ritmo da indústria e do consumo continuar acelerado. Já estamos vivendo um caos, onde falta tudo: aeroportos, portos, rodovias, caminhões, mão de obra e até pneu”, destaca o executivo.
Ao lado da carga tributária, o custo logístico é um dos fatores limitantes para o crescimento das empresas. A precariedade da infraestrutura do País gera encarecimento dos fretes, e faz com que as empresas nacionais percam competitividade nos mercados interno e externo.
Rocha também ressaltou que o setor não pode se contentar com uma política de “continuísmo”, uma vez que apresenta um crescimento de 18% a 20% ao ano, quase três vezes mais do que a economia brasileira. “Não queremos continuidade, queremos ir além. De 2007 a 2010 os problemas no setor logístico do país só pioraram e as políticas do governo Lula foram insuficientes para resolver essas questões”, avalia o presidente da ABEPL, que cobrou um posicionamento mais ativo da nova presidente do Brasil.
“Para sanar os gargalos da logística no país, Dilma Rousseff terá que ter atitude e muita ousadia para investir em ampliação, melhoria e expansão da infraestrutura de movimentação de cargas. Só assim será possível sustentar o crescimento do país”, finaliza.
FONTE: Transporta Brasil