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Terminal de Contêineres vai investir R$ 141 milhões no Porto de Paranaguá

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), empresa privada que tem concessão para operar mercadorias transportadas em contêineres pelo Porto de Paranaguá, anunciou nesta quinta-feira (4) o investimento de R$ 141 milhões em obras de infraestrutura e na aquisição de novos equipamentos. A estimativa é que a produtividade aumente 50% nos próximos dois anos e que o Paraná passe a responder pela movimentação de 1 milhão de contêineres já em 2012. Com isso, o Estado deve ampliar sua participação no cenário nacional, que hoje, com média de 700 mil contêineres movimentados por ano, é de 7%. 
O projeto de expansão está previsto no contrato firmado entre o TCP e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os investimentos já foram aprovados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP). “A intenção é adequar o Terminal à crescente demanda do mercado internacional, aumentando nossa capacidade de performance e respondendo às novas necessidades de tráfego, já que os navios de contêineres estão cada vez maiores”, explica o diretor-superintendente da empresa, Juarez Moraes e Silva. 
A ampliação do cais em 315 metros, que permitirá a atracação simultânea de três navios porta-contêineres nos 880 metros de cais destinados ao TCP, colocará Paranaguá entre os maiores portos de cargas conteneirizadas da América Latina. “Com a obra, vamos poder atender a demanda reprimida que hoje não conseguimos responder, pois não temos janelas de atracação livres, e que faz com que a rota seja desviada para outros terminais. Teríamos então um aumento de 25% na nossa movimentação atual”, conta Silva. 
“Entre janeiro e setembro deste ano, o TCP movimentou mais de 485 mil TEUs, que são as unidades de contêineres de 20 mil pés. Nossa expectativa é alcançar, até dezembro, um crescimento de 12% na comparação com o ano passado, quando foram 606 mil unidades. Para 2012, com todas as melhorias implementadas, a previsão é dobrar este número”, completa ele. 
EXPANSÃO: Além da construção de um terceiro berço de atracação, a empresa vai construir na extremidade leste estruturas independentes da linha do cais para receber navios de veículos. Serão três douphins de atracação e um douphin de amarração, seguindo e replicando o modelo já existente. “O projeto é simples, eficiente, rápido e fácil de executar”, destaca David Simon, diretor-geral do TCP.
“Dependemos da licença de operações emitida pelo Ibama, que é separada da solicitada pela Appa para as obras de dragagem do porto. Se o nosso cronograma se confirmar e obtivermos o licenciamento ambiental até o primeiro trimestre de 2011, acredito que o novo berço estará funcionando no primeiro semestre de 2012”, adianta Simon. 
Segundo ele, as obras de ampliação no cais devem gerar aproximadamente 200 empregos diretos e 100 empregos indiretos, durante sua execução. Depois de concluídas, mais de 90 trabalhadores devem ser contratados diretamente e mais 500 vagas de trabalho seriam criadas de forma indireta, permanentemente. 

EQUIPAMENTOS: A aquisição de novos maquinários portuários será feita paralelamente à construção do novo berço de atracação e aumentará imediatamente a velocidade e capacidade de movimentação de carga. O quarto portêiner do TCP, um guindaste de grande porte utilizado para carregar e descarregar contêineres em navios, começará a funcionar ainda em novembro. Outros dois portêineres serão contratados e, assim, o Terminal vai dobrar o número de equipamentos deste tipo em atividade. 
Também fazem parte dos investimos a compra de seis transtêineres (utilizados para empilhar e estocar contêineres na área de armazenagem do TCP); 10 terminal tractors (caminhões específicos para o transporte de contêineres dentro do Terminal); 10 terminal trailers (carretas para movimentação da carga conteneirizadas); e duas reach stackers (equipamentos para manobra de contêineres). 
Está prevista, ainda, a instalação de mais 528 tomadas para o funcionamento de contêineres refrigerados, chamados de refeer. Com isso, sobe para 3.340 o número de pontos de energia disponíveis para manter cargas congeladas. Atualmente, o Paraná é líder nacional na exportação de frango congelado e responde por 1/3 de toda carne comercializada pelo Brasil com os países importadores. 
FONTE: AEN
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