O Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, estuda a criação de uma placa comum para os veículos da região. A mudança pode ser aprovada durante a cúpula que os presidentes do órgão nesta semana. Segundo o embaixador Antonio Simões, subsecretário-geral de América do Sul do Ministério das Relações Exteriores do governo brasileiro, o projeto foi aprovado tecnicamente e será levado ao conhecimento dos quatro chefes de Estado na reunião que será realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, nos dias 16 e 17.
Entre algumas das entidades ligadas ao setor, a medida é vista com bons olhos, pois os caminhoneiros brasileiros são recordistas de multas, em especial na Argentina, e a adoção da placa única poderia minimizar os estragos financeiros causados pelas infrações. Isso porque, em vários casos, os brasileiros não cometem irregularidades e mesmo assim sofrem punições.
Em entrevista coletiva, Antonio Simões mostrou o modelo de placa proposto, que tem fundo amarelo. “Queremos que as pessoas se sintam cidadãs de seu país, mas também do Mercosul, como na União Europeia”.
Simões disse que a ideia é que as placas comecem a ser usadas dentro de dois anos por caminhões de carga, e que depois se estendam aos ônibus e aos carros de turismo até abranger todos os meios de transporte rodoviário do bloco.
Antes disso, segundo ele, será necessário unificar os registros atuais e futuros de todos os veículos dos quatro países membros do Mercosul.
FONTE: PortoGente