Estava proibido o trânsito de carretas que transportam blocos de rochas de rochas no centro de Santa Teresa. A determinação partiu de um decreto assinado pelo prefeito Gilson Amaro (PMDB). Amaro informou, porém, que através de uma liminar de um juíz da região as carretas estão podendo transitar novamente.
"Vamos recorrer para garantir que a proibição seja mantida", disse o prefeito que também é presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes).
As cargas, além de apresentarem alto risco no transporte nas estradas da região serrana marcadas por forte aclives e muita sinuosidade, também geram transtornos e perigos no trânsito das áreas urbanas dos municípios. Os sítios históricos, com os casarios seculares, como em Santa Teresa, também sofrem com a trepidação provocadas pelas carretas com blocos de rochas.
Comandante da Polícia Militar na região, Major Paulo César Duarte, disse que o decreto foi a solução encontrada nas reuniões entre Polícia, Ministério Público, Judiciário e Prefeitura para discutir o tráfego das carretas. Älém dos riscos, estavam provocando transtornos ao trânsito e até rachaduras em imóveis. Inclusive em prédios históricos", apontou.
"Não tínhamos como fiscalizar, pois não há balança na região. É até possível chegar ao peso aproximado de uma pedra pela sua metragem, mas não tem valor legal. Então esta foi o jeito que a sociedade encontrou para resolver o problema", analisou.
A proibição ocorreu simultaneamente, no início de dezembro, em Santa Maria de Jetibá e Itarana, também por decretos municipais. Já Itaguaçu estabeleceu um limite de 37,9 toneladas carga para cada carreta.
Nos últimos meses a população das quatro cidades viu aumentar o tráfego de carretas que levam pedras do norte capixaba para Cachoeiro do Itapemirim, no sul capixaba, onde são beneficiadas. A suspeita é de que os veículos estariam trafegando com peso acima do limite legal. E a rota pelas montanhas evitaria a balança da Polícia Rodoviária Federal na BR 101, no município da Serra.
O major disse ainda que depois da proibição, carretas foram flagradas com lonas cobrindo as pedras para tentar driblar a fiscalização em Itarana.
FONTE: ES Hoje