Facchini


Litro do óleo diesel aumenta em média 2% em todo o País

De acordo com a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), o litro do diesel passa a ser mais caro já neste mês de janeiro. O aumento é resultado do preço do biodiesel praticado no último leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), sendo R$ 2,30 o litro, uma diferença de R$ 0,56 em relação ao leilão do quarto semestre do ano passado.
Como todo diesel rodoviário comercializado no País deve por lei possuir 5% de biodiesel em sua composição, o reajuste será perceptível no valor final do produto.  A Fecombustíveis prevê um reajuste de R$ 0,028 por litro, o que representa um acréscimo de 2%. Além disso, todo produto transportado via caminhão deverá sofrer reajuste significativo.

Impacto no transporte de cargas
Segundo a Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC), mais da metade do transporte de cargas no Brasil é realizado exclusivamente por meio das rodovias do Brasil.



“Por exemplo, atualmente, aqui no Mato Grosso, de 50% a 60% do que é gasto fica com o óleo diesel. Então qualquer tipo de elevação no preço do combustível com certeza ganha um grande impacto no setor”, comenta Miguel Mendes, diretor executivo ATC (Associação das Transportadoras de Cargas de Mato Grosso), entidade que já prevê reajuste de no mínimo 10% no preço do frete para o período de escoamento da produção do Estado, que começa em fevereiro.
Ao tentar driblar essa situação, as transportadoras não encontram muitas opções, e acabando tendo dificuldades ao repassar os custos de frete com o aumento vigente.
“Esse impacto gerado pelo aumento vai direto aos nossos custos muito antes de que você tenha a chance de repassá-los. Por menor que seja o acréscimo, o diesel é um dos itens que mais influenciam no nosso negócio, ou seja, nós acabamos perdendo logo de saída. O aumento é unilateral e ele não pode ser negociado, portanto nós não temos outra alternativa a não ser tentar o repasse”, comenta Manoel Sousa Lima Júnior, presidente da Argos Logística. “Para evitar mais gastos com diesel nós temos vários planos. Nós premiamos motoristas em função da economia do combustível, temos cursos de direção econômica, entre outras coisas. Mas o mais difícil continua sendo o repasse”, conclui.
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