Facchini

País continua convivendo com falta de motoristas

"Com as novas tendências tecnológicas dos novos caminhões, falta gente treinada para conduzir os veículos. Para ter uma ideia, tem empresas com 20, 30 caminhões novos parados porque não existem profissionais no mercado aptos para conduzir", explica o presidente do sindicato, Antônio Jacarandá.
De acordo com Jacarandá, o setor tem se organizado junto com as entidades que são responsáveis por cursos de capacitação como o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) para tentar reduzir a falta de profissionais. Em Pernambuco, 500 empresas trabalham com transporte de cargas. Destas, 200 são associadas ao Setcepe.
Jacarandá explica que parcerias estão sendo feitas para oferecer, nos centros de aprendizagem, cursos que atualizem e atraiam os interessados em se tornarem motoristas profissionais. "Durante muitos anos a categoria ficou desestimulada a se atualizar e agora, com a alta demanda pelo transporte rodoviário, temos que reverter essa situação, para atrair gente interessada em operar esses caminhões mais modernos", completa Jacarandá.
No Brasil, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 60% da carga é transportada por rodovias, um sistema mais caro e mais poluente do que o transporte ferroviário e hidroviário. A situação piora pela condição precária de conservação das rodovias, adicionando um custo 30% maior.
Segundo pesquisa do IBGE, de 2008, as atividades de transporte rodoviário, incluindo o transporte de passageiros e o transporte de cargas, geraram R$ 88 bilhões de receita operacional líquida e pagaram R$ 15 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, empregando 1,2 milhão de pessoas. Destas, 645.176 pessoas estavam empregadas no transporte de cargas, com mais de 66.519 mil empresas. 
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