Durante o ano de 2010, cerca de 9,6 milhões caminhões e ônibus passaram pelos Postos de Pesagem de Veículos – PPV nas rodovias federais de todo o país. Deste total, 8,8 milhões foram avaliados pelas balanças de precisão, que executam a pesagem em baixa velocidade. Mais de 7% deles (676.239) levavam cargas acima dos limites permitidos pelo Código de Trânsito Brasileiro.
O excesso total foi de 625.707 toneladas, considerando a pesagem feita por “Eixo”, por “PBT” (Peso Bruto Total) e por “CMT” (Capacidade Máxima de Tração), de acordo com a legislação. Os registros consideram os dados dos 70 postos que operaram nas rodovias durante todo o ano.
No ano anterior (2009), com 52 postos operando, passaram nas balanças de precisão dos postos de pesagem 5,4 milhões de veículos e 8,5% deles (468.352) transportavam excesso de peso. Cerca de 546.685 toneladas, também considerando os três modos de avaliação (Eixo, PBT e CMT).
Com 18 balanças funcionando em 2010, a porcentagem de veículos com excesso de peso, diminuiu em relação ao ano anterior. Para o Coordenador Geral de Operações Rodoviárias, Luiz Cláudio Varejão, “isto é um indício de que o fator educativo dos PPVs está funcionando”. Em sua avaliação, os transportadores vão adequando suas cargas dentro dos limites para não serem multados.
O Coordenador ressalta que esta tendência pode ser bem analisada comparando o volume médio de excesso por veículo registrado nos dois anos. Enquanto em 2009 o excesso médio por veículo foi superior a uma tonelada (1.167 kg), em 2010 ficou abaixo de uma tonelada (968 kg). “Uma redução de 17% na média de excesso registrada por veículo”, conclui.
Com o aumento de postos de pesagem, a tendência é justamente diminuir o tráfego de veículos com excesso de peso nas estradas. Isto pode resultar em menos danos ao pavimento, menos gastos com manutenção e, acima de tudo, menos riscos de acidentes.
Funcionamento e custos
Os PPVs operam com equipamentos fixos (41) e móveis (29). Os postos com equipamentos fixos funcionam com balanças seletivas, que pesam o veículo a uma velocidade de 60 km/hora e balança de precisão (lenta). Quando as primeiras indicam algum excesso, o veículo é direcionado para as balanças lentas que podem precisar o peso das cargas.
Em alguns casos, de acordo com a lei, o DNIT efetua o transbordo e/ou remanejamento da carga excessiva. No ano passado, isto ocorreu com 244.941 veículos. Já em 2009, 135.734 cargas foram remanejadas e/ou transbordadas. O remanejamento faz a distribuição adequada da carga dentro do veículo, eliminando o excesso em algum eixo. Já com o transbordo, parte da carga é transferida para outro veículo.
Em 2009, nos contratos de operação das balanças foram gastos R$ 45,3 milhões. Em 2010, com o aumento do número de postos em operação, o valor chegou a R$ 69,3 milhões.
FONTE: DNIT