O ano de 2011 começou com um bom sentimento no mercado, parece que o crescimento vai perdurar e o momento aquecido ainda poderá ser aproveitado pelas empresas para aumentar seu faturamento e suas operações.
Mas, no transporte rodoviário, uma questão tem tirado o sossego dos gestores das principais transportadoras: a falta de motoristas qualificados. Não é raro encontrar uma empresa com frota ociosa por falta de profissionais.
E frota ociosa significa prejuízo, mau aproveitamento de equipamentos e menor desempenho. Muitas empresas têm criado programas de incentivo para a contratação de novos profissionais, mas a oferta de mão de obra qualificada não atende à demanda do setor. E o que está fazendo com que faltem motoristas no Brasil?
A profissão de caminhoneiro tem sofrido, nas últimas décadas, um forte processo de perda de atratividade para as novas gerações. Este é o primeiro grande fator que faz com que faltem jovens capacitados e motivados para o volante.
Além disso, os salários pagos, a dura rotina das estradas, a falta de incentivos, a penosidade da profissão, os perigos, como o roubo de cargas, e a má imagem do caminhoneiro em alguns casos são outros fatores perigosos.
A educação sempre foi a chave para tudo e, neste caso, não é diferente. A falta de um órgão forte e atuante que promova programas de treinamento profissional em âmbito nacional faz com que a oferta por cursos para motoristas seja escassa.
Sem pessoas para dirigir os caminhões, como fica o transporte rodoviário brasileiro, responsável pela movimentação de mais de 60% das cargas no País?
Uma questão grave para se pensar.
FONTE: Transporta Brasil