A velocidade máxima de 80 km/h no Anel Rodoviário está com os dias contados para os motoristas de caminhão. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) definiu que, até o final deste mês, os veículos pesados deverão trafegar em toda a extensão da rodovia a 60 km/h. Atualmente, as oito lombadas eletrônicas instaladas no Anel obrigam carros e caminhões a diminuírem para 70 km/h nos trechos considerados mais perigosos. A medida está publicada no site do órgão.
Os cinco novos radares que começaram a ser instalados no trecho de oito quilômetros entre o bairro Olhos D Água e a avenida Amazonas - sendo quatro lombadas e um pardal - serão programados para multar os caminhões que desrespeitarem o novo limite. Os veículos de passeio permanecerão liberados para desenvolver a velocidade de 70 km/h. Os equipamentos têm a capacidade de registrar, separadamente, cada tipo de veículo, segundo informou a assessoria do órgão federal.
A medida, no entanto, de acordo com uma fonte que participou das reuniões do Dnit, não agradou as polícias rodoviárias Federal e Estadual. O motivo alegado pelos militares é que a diminuição da velocidade para os caminhões irá causar retenções na rodovia e aumentará a possibilidade de mais acidentes.
O especialista em trânsito Osias Baptista Neto discorda dos policiais e afirma que a decisão do Dnit foi acertada, principalmente porque diferencia a velocidade máxima permitida para veículos leves e pesados na rodovia.
De acordo com Neto, os caminhões descerão com mais tranquilidade e em fila indiana, como já é feito nas principais rodovias paulistas. "Essa medida é produtiva, sim. Em São Paulo, por exemplo, você observa a (rodovia) Imigrantes, a Anchieta, e os caminhões descem todos um atrás do outro e com uma fiscalização eficiente. A fiscalização tem que estar ligada no Anel, porque não adianta baixar a velocidade sem cobrar de perto".
O Dnit informou que está preparando, para este mês, a instalação de placas para a orientação do trânsito de veículos pesados pela direita. No entanto, o órgão não confirmou se irá isolar a pista com obstáculos físicos somente para o trânsito de caminhões, conforme foi cogitado. A possibilidade de instalação de mais radares fixos ao longo do Anel também está sendo estudada. Hoje, oito equipamentos fixos controlam a velocidade.
FONTE: O Tempo