A criação da Brado Logística, resultado da parceria entre a ALL (América Latina Logística), empresa concessionária ferroviária, e da Standart, operadora de terminais intermodais, deve retirar entre 300 mil e 400 mil caminhões das rodovias por ano, segundo estimativa da empresa.
De acordo com o diretor comercial da Brado Logística, Bruno Lino, a estimativa é de que nos próximos cinco anos a companhia alcance de 12% a 15% das operações de contêineres no mercado, com um sistema que incluirá transporte ferroviário, viário e logística de distribuição do produto. “No ano passado transportamos apenas 40 mil contêineres, o que representa apenas 2% do mercado potencial que podemos trabalhar”
Se por um lado, a estimativa de retirada de caminhões das vias não atinge nem 7% dos 6,4 milhões de caminhões que utilizam os Sistema Anchieta-Imigrantes anualmente, segundo a Ecovias, por outro lado, o número se assemelha ao desafogamento viário criado com o Trecho Sul do Rodoanel.
Segundo dados do governo do Estado, um mês após a entrega do traçado, que junto com o Trecho Oeste, interliga o interior de São Paulo à Baixada Santista, cerca de 40 mil caminhões haviam deixado de circular pela capital paulista, o que significa uma média anual de 480 mil caminhões. O investimento de R$ 5 bilhões, no entanto, foi cinco vezes superior ao anunciado pela Brado Logística.
Para o diretor comercial da empresa, o produtor ou transportador deverá se sentir atraído pela operação intermodal. “Além do custo mais barato, criaremos armazéns e faremos operações que não abrangem apenas transporte, mas toda a logística de distribuição do produto até seu destino final, seja da porta do cliente até o Porto, seja do Porto até a porta do cliente”, afirma Bruno Lino.
FONTE: eBAND
