Segurança e conforto. De acordo com Adalbert Beck, supervisor de vendas da Mercedes-Benz do Brasil, essas foram as premissas que nortearam o projeto do Actros, o caminhão top de linha da marca alemã, comercializado no país desde o ano passado.
Do alto dos seus quase 3 metros de altura, a cabine do caminhão é recheada da mais alta tecnologia. Tudo é voltado ao conforto. Entre as novidades está um radar. Quando ativado e programado, mantém a distância para um outro veículo.
“Caso o carro da frente freie bruscamente, por exemplo, o computador identifica e, antes mesmo que o motorista faça algo, o próprio caminhão aciona os freios, se adequando à situação”, explica Beck. O modelo conta também com um dispositivo extra que o mantém dentro da pista. Após ligado, caso a caminhão saia da faixa, um aviso sonoro na cabine alerta o motorista.
Piloto experiente e maior campeão da Fórmula-Truck (quatro títulos), o paranaense Wellington Cirino teve a oportunidade de comparar o caminhão que pilota na categoria, um Axor 2044 preparado para competição pela equipe ABF/Mercedes-Benz, e o veículo de série. No dia 28 do mês passado, após a abertura da temporada da Truck, Cirino testou os dois modelos em um autódromo de Santa Cruz do Sul (RS).
“Este é um caminhão de patrão!”, sorriu o piloto enquanto dava a partida e elogiava a maciez da suspensão do Actors e o capricho no acabamento do interior da espaçosa cabine.
Cirino mostrou a estabilidade nas curvas e a facilidade de condução do modelo com transmissão automática. “Viajo muitas vezes no ano com a equipe nos caminhões. Este parece um carro. Na verdade, muitas vezes, é melhor do que um carro em termos de conforto”, diz o tetracampeão.
Outro item destacado por Cirino é o ar-condicionado, que pode permanecer acionado por até oito horas após o motor ser desligado, dando conforto ao caminhoneiro na hora do descanso.
Se no Actors conforto é palavra de ordem, no modelo de competição é o desempenho. Pesando pouco mais da metade do modelo comercial, o truck tem o dobro da potência. A relação resulta nos impressionantes 225 quilômetros por hora no final da reta do autódromo de Santa Cruz.
“Aqui, a história é diferente. O caminhão de corrida é mais difícil de se conduzir, a suspensão é mais dura e rebaixada, própria para competição, para dar mais estabilidade nas curvas e nas retomadas de aceleração. No truck, tudo é voltado para o desempenho”, explica o piloto.
Conforme o regulamento, o veículo é modificado para as necessidades da categoria. Na cabine tem apenas um banco (de competição), um santantônio (arco de metal para proteção em capotagens), além de peças e instrumentos especiais para a corrida.
FONTE: A Notícia