Com recursos de R$ 261,4 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o “Plano Estratégico de Pesagem”, desenvolvido pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) ampliou o número de balanças nas rodovias federais.
Conforme informações do órgão, em 2005 apenas 13 postos de pesagem estavam em funcionamento nos 57 mil quilômetros de extensão de rodovias não concedidas à iniciativa privada. Atualmente, são 70 pontos de fiscalização, o maior número já registrado no País.
Segundo o Dnit, no próximo mês será iniciada a licitação que marcará a segunda etapa do projeto. A meta, de acordo com os números apresentados, é implantar mais 161 pontos de pesagem.
Resultados
Ao longo do ano passado, aproximadamente 9,6 milhões caminhões e ônibus passaram pelos 70 postos. Deste total, 8,8 milhões foram avaliados pelas balanças de precisão, que executam a pesagem em baixa velocidade. Mais de 7% deles (676.239) levavam cargas acima dos limites permitidos pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Com isso, o excesso total foi de 625.707 toneladas, considerando a pesagem feita por “Eixo”, por “PBT” (Peso Bruto Total) e por “CMT” (Capacidade Máxima de Tração), de acordo com a legislação.
No ano anterior – período em que 52 postos estavam operando, passaram nas balanças de precisão 5,4 milhões de veículos e 8,5% deles (468.352) transportavam excesso de peso. Totalizando 546.685 toneladas.
Sendo assim, de acordo com os dados do Dnit, a porcentagem de veículos com excesso de peso diminuiu em relação ao ano anterior, levando em consideração que no ano passado contou com 18 balanças a mais funcionando.
Luiz Cláudio Varejão, coordenador geral de Operações Rodoviárias, “isto é um indício de que o fator educativo dos postos está funcionando”. Em sua avaliação, os transportadores vão adequando suas cargas dentro dos limites para não serem multados.
O coordenador ressalta que essa tendência pode ser bem analisada comparando o volume médio de excesso por veículo registrado nos dois anos. Enquanto em 2009 o excesso médio por veículo foi superior a uma tonelada (1.167 kg), em 2010 ficou abaixo de uma tonelada (968 kg). “Uma redução de 17% na média de excesso registrada por veículo”, conclui.
FONTE: Webtranspo.com.br