A Amyris concluiu seu projeto de testes com ônibus movidos à mistura de combustível contendo diesel de cana em São Paulo. A iniciativa, que contou com a parceria da SPTrans, Mercedes-Benz, Petrobras Distribuidora e Viação Santa Brígida, colheu resultados positivos.
Ao todo, foram seis meses de testes com seis veículos. Destes, três rodaram com mistura de 10% de diesel renovável Amyris e 90% de óleo diesel metropolitano, que contém 5% de Biodiesel em sua composição.
Os outros três ônibus utilizaram somente o diesel metropolitano e serviram de referência para comparação relativa dos resultados.
“O emprego desse combustível não provocou qualquer alteração na logística de abastecimento, não alterou as práticas de manutenção, não exigiu adaptações na infraestrutura da garagem e/ou de equipamentos, não exigiu alteração técnica no veículo e não requereu treinamento específico da mão de obra”, comenta Itamar Lopes dos Santos, gerente de manutenção da Viação Santa Brígida.
A adição de 10% de diesel de cana ampliou os benefícios trazidos pelo combustível Diesel metropolitano B5 S50, que já contém 5% de Biodiesel em sua composição e, por isso, já conta com baixo teor de enxofre.
O destaque ficou por conta da comparação dos níveis de emissões de gases de escapamento medidos por meio de opacímetro. Todos os veículos que utilizaram o diesel de cana mostraram uma redução significativa nos níveis de emissões de fumaça quando comparados aos seus pares que utilizavam o diesel metropolitano. Esta redução chegou a 40% em alguns casos.
“Outro resultado dos testes que merece destaque é a manutenção do desempenho do motor. Nos ensaios comparativos, todos os parâmetros de controle do motor permaneceram exatamente iguais. Isso reforça a nossa confiança no uso deste biocombustível alternativo, porque pode ser utilizada rapidamente em produtos Mercedes-Benz da frota atual”, afirma Ricardo Silva, vice-presidente ônibus América Latina da Mercedes-Benz do Brasil.
A Amyris tem planos de expandir estes testes para outras frotas que circulam em regiões metropolitanas.
FONTE: Transporta Brasil