Há 80 anos, a família Verbeek, da Holanda, transporta batatas. O avô Stijnis Verbeek fundou em 1929 uma transportadora. Seu filho, Toon Verbeek, assumiu mais tarde a direção da empresa e passou a incentivar seus três filhos, Stijnis Jr., Wim e Chris, a atuar no negócio. Todos se transformaram em bons profissionais e passaram a atender a toda a Holanda.
Os três filhos não herdaram apenas a capacidade de negociar e administrar do avô e do pai, mas também a paixão pelos caminhões, passada de geração para geração. Uma olhada rápida no pátio da transportadora comprova esse carinho pela cavalaria. Os caminhões da família Verbeek são conhecidos em todo o país.
Um em especial, adquirido há cerca de dois anos, é o queridinho da empresa, tanto que após uma restauração surgiu mais moderno e jovial. O atual tesouro da coleção já é um antigo conhecido também do mercado graças a sua “cara” robusta, o Scania T164.
Quando completou oito anos de estrada e atingiu a marca de 800 000 quilômetros rodados, atuando numa empresa de transporte localizada no centro-oeste dos Países Baixos, ele só teve uma alteração na cabine, que foi alongada em 60 cm. Antes, o Scania transportava em seus 580 cv placas de vidro. E graças aos seus atributos era bem-vindo nas dezenas de festivais e eventos com caminhões promovidos na Europa.
Mas mesmo com tamanha experiência e idade, sua jovialidade está à mostra, e, ao invés de ter sido aposentado, foi vendido para a família Verbeek, responsável por sua completa modificação visual. Houve reconstruções no tanque e na carroceria, o que deixou suas linhas mais homogêneas e com aparência mais clean. A cobertura do chassi, a parte traseira, incluindo o para-choque, e a proteção das rodas nas laterais foram outras intervenções feitas no T164. Uma discreta alteração no escapamento deu um ronco ainda mais forte ao modelo, deixando-o mais harmônico em toda sua construção. A grade frontal garantiu modernidade e a pintura, contando a trajetória de seus novos donos deixou-o mais divertido. Tudo foi merecido, se for levado em conta que, para os padrões europeus, ele já seria considerado um velhinho ultrapassado.
O trabalho de restauração foi realizado e coordenado por um dos maiores especialistas no assunto: Winkoop de Ermelo. O artista deu outros novos elementos para o antigo Scania, os quais lhe proporcionaram uma aparência mais agressiva. A contemporaneidade também se fez presente, e o resultado garantiu um caminhão moderno e dinâmico.
FONTE: Revista Transporte Mundial