Abastecer com diesel no Brasil no mês de maio ficou no mesmo patamar de preços de abril, apesar de o preço máximo ao consumidor ter sido elevado em 6%. Esses dados estão na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feita em cerca de 7,5 mil postos de abastecimento por todo o País.
Desde a última semana de abril até a atual, o maior valor do combustível encontrado pela agência, foi elevado de R$ 2,81 para R$ 2,98 nesta semana. De acordo com os dados da agência, um indicador que explica esse aumento é o reajuste da margem que aumentou de R$ 0,255 para R$ 0,257. O preço mínimo da amostra avançou e passou de R$ 1,020 para R$ 1,699, nesse mesmo período. Com isso, o preço médio do combustível no Brasil ficou quase estável, com R$ 2,012.
Dentre as estradas brasileiras, a que ofereceu o melhor preço para abastecimento foi a BR-153. De acordo com o levantamento da operadora de benefícios Ticket Car, a rodovia, que corta sete estados do País, teve o menor preço para quem trabalha na boleia do caminhão. Levando em conta os preços de abril, os motoristas que trafegam pelo trecho de Santa Catarina nesta rodovia pagam, em média, R$ 1,89 pelo litro do combustível. Já na BR 163, no estado de Mato Grosso, foi encontrado o maior valor cobrado, R$ 2,28 o litro.
Nas rodovias brasileiras mais movimentadas, as de São Paulo, o motorista encontrou um valor médio por litro muito semelhante entre si e transitava entre R$ 1,96 e R$ 1,98, na maior parte delas. O ponto fora dessa média, para cima, ficou com a BR 381 (Fernão Dias) onde foi registrado um valor médio por litro de R$ 2,004. Enquanto isso, na ponta de baixo, o menor valor ficou com a própria BR 153, a mais barata do País, com R$ 1,907.
Dentro das cidades, a Ticket Car levantou que o estado de Minas Gerais tem os melhores preços para o óleo diesel, onde a média cobrada é de R$ 1,949 por litro. Assim como nas estradas, o estado de Mato Grosso ostenta o título de diesel mais caro também dentro das cidades, com valor de R$ 2,287 o litro.
Outros combustíveis
Abastecer com gasolina ainda continua vantajoso em praticamente todos os estados brasileiros. Apesar disso o cenário começa a mudar. A diferença entre o derivado de petróleo e da cana-de-açúcar registrou queda pela primeira vez, desde fevereiro. Segundo o Índice de Preços Ticket Car (IPTC), nos primeiros 15 dias deste mês, o preço do combustível vegetal manteve-se, em R$ 2,12 o litro, 5,8% mais barato do que em abril, mas com a gasolina a R$ 2,88 o litro.
Esse valor é semelhante ao que a ANP reportou em sua pesquisa na última semana em mais de 8,5 mil postos de abastecimento. O preço médio desde o final de abril recuou de R$ R$ 2,89 para R$ 2,861. Já o preço máximo não mudou nesse período, sendo encontrado um valor a incríveis R$ 3,500 o litro. O valor mínimo também subiu o que mostra que o número de postos que reduziram seus preços é mais significativo que os que apresentam valor acima da média.
De volta à pesquisa da ANP, o início da safra de cana-de-açúcar começa a trazer os seus reflexos na bomba dos postos. Desde o final de abril, o preço médio do etanol recuou 12%, passou de R$ 2,325 para R$ 2,076.
Esse recuo também foi notado no levantamento da Ticket Car que em sua pesquisa, notou que o etanol recuou nas bombas paulistas e proporciona economia para os motoristas. A cidade de São Paulo teve redução de 8,32% no preço médio do produto na primeira quinzena de maio. Com essa mudança, a gasolina deixa de ser a melhor opção de abastecimento na capital. Com as alterações, as médias por litro em São Paulo são: gasolina R$ 2,82; etanol R$ 1,92; diesel R$ 2,01; biodiesel R$ 2,04 e GNV R$ 1,38 por metro cúbico consumido.
Aliás, segundo a ANP, o GNV no País avançou apenas 1% no último mês. O preço médio, no Brasil, desse energético ficou mais elevado do que em São Paulo. Na pesquisa em cerca de 500 postos o valor médio encontrado passou de R$ 1,621 para R$ 1,638. Na última semana do levantamento realizado pela agência, o valor mínimo encontrado foi de R$1,099 e o máximo de R$ 2,369, variação de 115%.
FONTE: Transporta Brasil