Facchini

Produção de caminhões cresce 37,8% em maio

A produção de caminhões no Brasil subiu 37,8% em maio em comparação a abril. Saíram das linhas de montagem das empresas brasileiras 18.498 mil veículos contra os 13.417 mil do mês anterior. Considerando a atividade das montadoras apenas este ano, foram produzidos pouco mais de 76 mil veículos contra 72,5 mil caminhões no mesmo período, crescimento de 4,82%. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras brasileiras.
Esses números refletem diretamente o desempenho que todo o setor automobilístico teve ao se considerar nessa soma a produção de automóveis. De acordo com o presidente da entidade, Cledorvino Bellini, que também é presidente da Fiat no Brasil, apesar do crescimento, as vendas em geral já começaram a sentir os efeitos das medidas de aperto ao credito ao consumidor, tomadas pelo governo federal em dezembro para conter o consumo e, dessa forma, a inflação.

Vendas
Apesar de a produção ter apresentado um crescimento expressivo, as vendas não se expandiram tanto. Segundo o balanço da Anfavea, o volume de licenciamentos nesse segmento da indústria automobilística ficou bem abaixo do indicador da produção. Em maio, o numero de caminhões licenciados ficou 12,1% acima de abril. Apesar disso, na comparação entre janeiro e maio de 2010 e 2011, o resultado fica melhor: expansão de 17,5%.
Dentre as que mais cresceram este ano até o mês passado, a Iveco está na dianteira, com alta de 59,2% nas vendas em comparação a 2010. Apesar disso, a marca do Grupo Fiat ocupa apenas a quinta posição entre as mais vendidas. A liderança nesse quesito fica com a MAN que ocupa a dianteira no ano com quase 21 mil veículos da marca (contada a Volkswagen) que chegaram às ruas. Em seguida vem a Mercedes-Benz com 17 mil caminhões comercializados.
As vendas em todas as categorias de veículos para transporte de cargas subiram, mas o destaque no ano fica mesmo com os semipesados, cuja alta alcança, até o momento, 31%. Já os leves cresceram 14,3%, os pesados 13,1% e os médios ficaram com vendas quase estáveis em comparação aos cinco primeiros meses do ano passado, 1,1% de alta. Em números absolutos, os semipesados também são os mais vendidos, com 23.440 mil veículos novos comercializados. Em segundo ficam os pesados com 21.256 mil unidades.
Outra parte da produção de caminhões foi destinada ao mercado externo. Segundo a Anfavea, foram exportados, em maio, 2,928 mil veículos de todas as categorias, uma alta de 38,6% comparada a abril. Esse índice é semelhante ao que foi registrado de janeiro até o final de maio em relação ao ano passado, alta de 39,1%. O destaque ficou com os leves, que no ano subiram 59%, seguidos pelos pesados, com 43,2%.

Ônibus e automóveis
Na categoria para transporte de passageiros (incluindo chassis), as vendas também avançaram, mas de forma mais tímida, 24,9% no ano e 4% na comparação entre maio e o mês anterior. No total, foram comercializados no Brasil 2,878 mil veículos. As duas líderes de mercado não foram ameaçadas nem de perto, a Mercedes (primeira com 5,912 mil unidades vendidas no ano) e a MAN (com 4,578 mil), dominam quase 80% desse mercado.
Já em automóveis, a produção chegou ao recorde histórico para o mês de maio com 280,919 mil carros, alta de 6,7% em relação ao mês passado. Porém, houve queda de 4,8% nas vendas diárias, o que preocupa a Anfavea, revelou Bellini. De acordo com ele, essa retração ainda não foi suficiente para forçar a entidade a rever as projeções de crescimento para este ano, mas já acendeu a luz de alerta. De acordo com ele, se o comportamento do mercado se mantiver nessa dinâmica, essa redução de previsão de crescimento deverá ser feita já este mês.
Enquanto essa revisão não chega, a indústria continua surfando em ondas positivas. As vendas de veículos no ano subiram 5,9% até o mês passado, com 1,051 milhão de carros novos rodando pelas ruas. A líder de mercado continua sendo Volkswagen com 237.371 mil carros vendidos. Esse número representa 22,6% do mercado de automóveis fabricados no país. A Fiat, presidida por Bellini, vem em seguida, com 235.585 mil unidades, que representam 22,4% do mercado. Em terceiro lugar está a GM, com 210.817 mil veículos e, em quarto, a Ford, pouco mais de 100 mil veículos novos comercializados.  Os demais de 267 mil veículos nacionais vendidos no Brasil, cerca de 25% do mercado neste ano, ficaram divididos entre as outras 10 montadoras.
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