As novas regras para o tráfego de caminhões no centro de Campinas estão obrigando empresas a se adaptarem para poder atender as determinações, que entraram em vigor na sexta-feira (1).
Placas indicando a proibição já estão sendo instaladas. As multas para quem desrespeitar as normas, de R$ 85,13, serão cobradas somente a partir de novembro e nos próximos quatro meses os agentes de trânsito vão apenas orientar os motoristas.
Pelas novas determinações, caminhões com mais de 14 metros de comprimento estão impedidos de circular das 6h às 20h na área interna do anel formado pelas cinco rodovias que contornam Campinas – Anhanguera, Bandeirantes, Santos Dumont, Dom Pedro I e Adalberto Panzan. Na região do chamado centro expandido só poderão entrar veículos com menos de 6,3 metros de comprimento. Caminhões de mudança e que transportam concreto podem trafegar nestas áreas das 9h às 16h, desde que tenham uma autorização prévia da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), que tem que ser pedida com três dias de antecedência e custa R$ 13,00 cada uma.
Uma distribuidora de gás investiu mais de R$ 2,5 milhões em 32 caminhões de pequeno porte para atender as exigências da prefeitura, mas as carretas dos fornecedores, que têm horário de tráfego restrito, só poderão circular à noite. A empresa fica em uma área residencial e o gerente Braz Roberto Martinhão está preocupado com o barulho, que pode incomodar os vizinhos.
Em uma transportadora que faz entregas de pequenas mercadorias para todo o país, as mudanças começaram em 2008, quando houve as primeiras restrições a caminhões na cidade de São Paulo e outras capitais, como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Com a proibição valendo também para Campinas, foi preciso comprar dez veículos menores, que podem circular pelo centro da cidade.
No terminal, a carga que vem de outras cidades e é transferida das carretas para os caminhões pequenos, mas o gerente André Luís Perri adianta que o custo adicional será repassado ao consumidor.
Em outra transportadora, 70% da frota é formada por caminhões e carretas grandes, com até 15 metros de comprimento. O gerente Evaristo Montagnini diz que também terá que recorrer para veículos pequenos, mas acredita que dessa forma o trânsito pode ser ainda mais prejudicado, pois calcula que, o que antes entregava com um caminhão agora vai precisar de pelo menos sete furgões.
FONTE: EP Campinas