Facchini

Restrições e multas


As restrições aos caminhões em São Paulo viraram mania nacional e já pululam em diversas outras capitais e cidades menores Brasil afora. As administrações públicas acreditam que os veículos de carga atrapalham a fluidez do trânsito e representam um verdadeiro estorvo para os veículos de passeio.
Mas estas restrições têm tido eficácia? Não é o que os números dos congestionamentos paulistanos mostram. Na semana passada, o trânsito registrou médias de lentidão acima dos 150 km nos horários de pico e vias como a Avenida dos Bandeirantes e Marginal Pinheiros, mesmo com a proibição aos caminhões, vivem congestionadas. O que se vê é um verdadeiro mar de veículos de passeio.
As restrições aumentam o custo do transporte, dificultam as operações e diminuem a competitividade das empresas. Somente em São Paulo, com as novas restrições na as vias citadas acima, a prefeitura faturou alto com mais de 100 mil autuações devido às regras de circulação dos caminhões.
Com a forte demanda em crescimento e a necessidade cada vez maior por transporte, parece ilógico uma cidade como São Paulo, Brasília ou Porto Alegre restringirem os essenciais veículos que abastecem sua vida econômica.
Em São Paulo, a prioridade aos veículos de passeio é notória e desafia a lógica de qualquer sistema logístico inteligente. Somente na maior capital do País, são emplacados, todos os dias, mais de 1000 veículos, que entopem as ruas e disputam cada centímetro do viário urbano.
São assuntos de interesse nacional que deveriam receber a atenção de governantes competentes e bem informados.
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