A busca por motoristas qualificados está se tornando cada vez mais uma missão impossível no Brasil. A falta de mão de obra para conduzir os caminhões é uma preocupação que atinge todos os segmentos do transporte e as empresas têm buscado alternativas para formar seus próprios motoristas e trabalhar programas de retenção de talentos internamente.
O tempo de formação de um condutor de caminhão, seja de qualquer categoria de peso, é um fator muito importante. Condutores que saem das auto-escolas com a CNH categoria D ou E não passaram pelas situações ao volante que realmente testam e formam a habilidade, o senso de direção defensiva e a segurança no comando do caminhão.
Utilizando a mesma tecnologia dos simuladores aéreos, o centro de treinamento da Motorize, empresa brasileira que desenvolve os equipamentos e ministra os treinamentos em sua estrutura, oferece uma solução de formação de motoristas em até 30 dias.
A Motorize tem uma parceria técnica com a empresa canadense fabricante das máquinas, que transfere a tecnologia para os simuladores de caminhões e ônibus, em parceria também com a MAN Latin America, que oferece a certificação de tropicalização do software e dos componentes do simulador do Constellation 19320.
“A questão é realmente como suprir o atual blackout profissional do transporte rodoviário de cargas brasileiro. Estimamos que existam cerca de 120 mil vagas abertas, principalmente no segmento de carreteiros. O objetivo da Motorize é utilizar a simulação como forma de capacitação de mão de obra, uma ferramenta de ensino”, explica Ricardo Zappelini, diretor Executivo da empresa.
Ricardo conta que a carga horária do curso com o simulador tem 90% de aulas práticas. “Com isso, podemos reciclar a atual mão de obra que está no mercado, tirando alguns eventuais vícios de condução do profissional, e formar novos condutores profissionais, desde que a pessoa já tenha a carteira categoria D ou E”, diz o diretor.
Em seus três anos de atuação no mercado brasileiro, a Motorize já treinou 300 motoristas e conta com quatro simuladores. Cada equipamento custa R$ 700 mil e é importado do Canadá. De acordo com Zappelini, o treinamento completo de um motorista no simulador, que inclui as horas de máquina, a parte teórica e as refeições durante o programa, pode custar entre R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00, dependendo da aplicação.
O especialista em Medicina de Tráfego, diretor da Abramet, Dr. Dirceu Rodrigues Alves Jr., considera que os cursos de formação de motoristas precisam de revitalização. “Não podemos entender que andar a 30 km/h no trânsito, parar numa ladeira sem deixar o veículo recuar e fazer uma baliza sejam motivos para se conceder a CNH. Tenho convicção de que esse motorista assim formado é o motorista que temos hoje nas nossas cidades, praticando irregularidades, dirigindo de maneira desastrosa, produzindo acidentes os mais absurdos. Nossos motoristas não aprendem e não praticam as coisa essenciais com relação à direção defensiva e evasiva. Faz-se necessário o aprendizado em simuladores onde serão treinadas todas as situações de risco, de dia, à noite, com piso escorregadio, na chuva, neblina e em todas as demais variações. Saber desviar, quando em velocidade, de um obstáculo parado com freios comuns e com ABS. Entender como as leis da física atuam sobre uma máquina sobre rodas. Porque viram, porque capotam?
Que vetor deforça desestabiliza o veículo. Tudo isso e muito mais são conhecimentos que o nosso condutor não pode ignorar. Após longo treino nos simuladores, aí sim, vai para uma pista reservada com o instrutor por em prática tudo aquilo que treinou no simulador. A evolução tecnológica do transporte não nos permite admitir motoristas sem o perfil ou formação adequada. É pelo pouco conhecimento da máquina sobre rodas que temos hoje em todo acidente de trânsito um profissional envolvido. Ao mesmo tempo, e devido a isso, é que vemos os transportadores reclamando da falta de qualificação da mão de obra”, diz o Dr. Dirceu.
Conheça os programas de treinamento em simuladores da Motorize pelo site www.motorizebr.com ou pelo telefone 11 – 2058-2921.
FONTE: Transporta Brasil