Facchini

Demora para descarregar grãos irrita caminhoneiros


O caminhoneiro Napoleão Ferreira Soares deixou o pátio da Bunge em Maringá ontem, furioso. Desde quarta-feira, ele tentava desembarcar na empresa uma carga de milho, trazida de Mato Grosso do Sul. Só conseguiu ontem de manhã, após mais de 30h de espera. "É a primeira vez que venho e não volto mais aqui", disse, no momento em que deixava o pátio da empresa, com o caminhão vazio.
Soares chegou a Maringá às 18h de quarta-feira, passou 20h no pátio de um posto de combustíveis e desde o início da noite de quinta-feira estava na fila em frente à Bunge, na Avenida Melvin Jones, zona oeste da cidade, junto com outros caminhoneiros. "Eles [Bunge] disseram que não há vagões suficientes armazenar os grãos. Por isso a demora e a fila", contou Soares.
Na fila que se formou em frente à empresa, outro caminhoneiro, José Marques Guilherme, aguardava há 10h e estimava que teria mais 4h de espera pela frente. "Eu venho até aqui direito e sempre é demorado", disse ele. "Da última vez, esperei 30h".
Quem aguarda do lado de fora do portão, não encontra banheiro e nem um canto para descansar. "Sem contar que lá fora a gente fica a mercê sabe Deus do que, né", conta Soares.
Além do transtorno para os caminhoneiros, o acúmulo de veículos atrapalha o trânsito na avenida, que é mão dupla.

Explicação
Em nota, a assessoria de comunicação da Bunge informou que o descarregamento de caminhões na unidade de Maringá está "ocorrendo dentro da normalidade".
"Devido ao pico da safra de milho e à queda de barreira na linha férrea que liga a região ao Porto de Paranaguá, houve aumento no fluxo de veículos, que está previsto para ser regularizado até domingo [amanhã]", informa a nota.
A empresa explicou também que a unidade local tem estrutura para atender caminhoneiros durante a espera, como banheiros e estacionamento.
FONTE: odiario.com
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