Facchini


Setor de implementos rodoviários está pessimista


De acordo com a Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), haverá neste ano uma redução no desempenho do setor. A entidade acredita que o faturamento possa ser de 4,4%, percentual abaixo da previsão feita em fevereiro, que foi de 5%. Por outro lado, a Associação admite que possa haver queda na atividade a ponto de haver faturamento negativo de 1,2%.
Os principais fatores que impulsionam este desaquecimento, segundo a  entidade, são a diminuição do acesso ao crédito – com as novas regras do Finame – e as antecipações de compra de caminhões, motivadas pela entrada em vigor em 2012 da norma de emissões Euro 5.
“O reboque e o semirreboque dependem fundamentalmente de financiamento. A redução da parcela financiável afeta diretamente a aquisição dos produtos que são bens de produção”, explica Rafael Wolf Campos, presidente da Anfir.
O programa Finame reduziu a parte financiável com dinheiro público de 100% para 70% e fez os juros anuais subirem de 5,5% para 8,7%.
A partir do ano que vem, o mercado antecipará suas compras de caminhões com os novos motores equipados para atender a norma Euro 5 de emissão de gases poluente.  Por este motivo os recursos destinados a compra de implementos rodoviários deverão ser redirecionados.
“Na prática, as empresas vão rodar de caminhão novo com implemento antigo, sem renovar completamente o transporte de carga”, analisa Mario Rinaldi, diretor executivo da associação.
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