Para atender a demanda recorde da safra agrícola brasileira, a venda de caminhões extrapesados ganha espaço e cresce na faixa de dois dígitos, o que anima empresas especializadas na revenda de caminhões, como a Iveco, subsidiária da Fiat. A empresa projeta seguir o fortalecimento do agronegócio e abrir 40 lojas, chegando a 140 concessionárias até 2015. Por outro lado, os portos devem novamente ver forte expansão de filas de caminhões por causa dos recordes de embarques e desembarques de mercadorias. Logo, a previsão é que 2012 ainda seja um ano de gargalos e de filas. "Esse
tipo de caminhão [extrapesado] aumenta a flexibilidade do transporte, já que busca os produtos em cidades que tenham ferrovias e de lá traz para cooperativas ou faz escoamento direto para o porto", explica Alcides Cavalcanti, diretor-comercial da Iveco no Brasil, que prevê vender este ano 10% mais veículos desse porte do que no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, Osvaldo Agripino de Castro Jr., consultor portuário, adverte que em 2012 haverá filas de caminhões e navios se nada for feito a respeito do acesso a estes complexos portuários. "Hoje em dia sai mais caro o frete rodoviário da Região Centro-Oeste ao Porto de Paranaguá do que o frete marítimo de Paranaguá a países da Ásia, o que é um absurdo", acusa. Enquanto isso, os portos trabalham de maneira incessante. Os de Santos, Paranaguá e Antonina viram, de janeiro a outubro deste ano, uma movimentação recorde de cargas. Em Santos, houve aumento de 8,8% das importações, um crescimento excepcional do complexo.
FONTE: DCI