A seis dias da entrada em vigor da proibição de caminhões na Marginal do Tietê - confirmada ontem pela Prefeitura -, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já fala em liberar trechos da nova zona restrita para o tráfego dos veículos pesados. Os detalhes da liberação, entretanto, só deverão ser divulgados nos próximos dias.
Descontente com as restrições, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo (Setcesp), que diz tentar há várias semanas falar com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) para que ele desista da ideia, marcou para sexta-feira uma manifestação pública contra a medida. Os empresários do setor prometeram ficar na frente do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, no centro, até serem recebidos pelo prefeito.
Por enquanto, poucas novidades foram adiantadas pela Prefeitura: a restrição vai valer de segunda a sexta-feira, das 4h às 10h e das 16h às 22h, e aos sábados, das 10h às 14h, em todas as vias que formam a parte leste do minianel viário ou rotas paralelas a ele (como as Avenidas Presidente Tancredo Neves, das Juntas Provisórias, do Estado e Salim Farah Maluf, entre outras). Na Marginal, a restrição é da Rodovia dos Bandeirantes até a Ponte Aricanduva.
Educação. Assim como ocorreu quando houve a proibição aos caminhões na Marginal do Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes, no ano passado, o primeiro mês da proibição terá caráter educativo - sem aplicação de multas. Só em janeiro, provavelmente no dia 12 (a data ainda será confirmada), é que fiscais e radares vão autuar os caminhões que desrespeitarem a nova regra viária.
A CET estima que terá de instalar 2 mil placas informando sobre a proibição ao longo das nove vias - um megacorredor de 30 quilômetros ao redor do centro expandido da cidade. Sem as placas, a aplicação de multas é ilegal, conforme a CET.
Multas. A multa para quem furar a restrição é de R$ 85,12 (infração média, de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação). Há uma série de veículos que estão isentos da proibição, como veículos de urgência e emergência e os Veículos Urbanos de Carga (VUCs). Mas todos os isentos terão de fazer um cadastro prévio na Prefeitura.
FONTE: Estadão