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Implementos: segundo semestre de 2012 deverá acelerar


A aproximação da Copa do Mundo, com suas obras de infraestrutura, construção de estádios, hotéis e outros puxará a indústria de implementos rodoviários a partir do segundo semestre do ano que vem. A expectativa é compartilhada por Walter de Souza, diretor geral da Guerra, e José Carlos Librelato, diretor presidente da Librelato, participantes de painel no seminário As Perspectivas do Rio Grande do Sul Automotivo, organizado pela AutoData Editora no Hotel Intercity Premium, em Caxias do Sul, RS.
Norberto Fabris, diretor executivo das Empresas Randon, também participante do painel, ofereceu visão diferente: "Este ano o mercado deverá fechar com cerca de 58,5 mil reboques e semirreboques vendidos e, em 2012, teremos algo em torno de 58 mil. É ainda assim um resultado espetacular, já que nosso patamar estava em 30 mil há alguns anos".
Para Souza a própria força da economia brasileira e as exportações de minério de ferro, grãos etc., já garantem demanda para o segmento. "2012 é um ano difícil de projetar. Estamos na expectativa de como será o primeiro semestre e quais medidas o governo poderá tomar com relação ao Finame. Mas do segundo semestre em diante começará o movimento para a Copa do Mundo e, então, acredito que as vendas podem crescer 5%."
O executivo assumiu a direção geral da empresa este ano e tem a missão de prepará-la para entrada no mercado de capitais. Fazer essa estreia de forma correta será importante para o futuro da Guerra, que trabalha no limite de sua capacidade. "Estamos ampliando algumas linhas e trabalhando muito para ter produção mais flexível e, assim, poder trocar facilmente de um produto para outro."
A Librelato recebeu recentemente aporte de R$ 100 milhões, que serão aplicados nos próximos quatro anos de acordo com seu diretor presidente. "Nosso objetivo é chegar a terceiro maior fabricante do Brasil até 2020, com 100% dos componentes comprados localmente."
Fabris afirmou que a Randon, líder de mercado, investe por ano R$ 80 milhões em suas linhas.
As três empresas darão folga a seus operários neste fim de ano. Na Randon as linhas param a partir da segunda-feira, 26, e voltam a 100% da carga em 16 de janeiro. A Guerra ficará vinte dias parada e a Librelato não divulgou prazos, mas confirmou que fará parada para manutenção.
FONTE: Autodata
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