Facchini

Caminhoneiros ameaçam fechar acessos à Marginal Tietê

A categoria dos caminhoneiros autônomos ameaça parar os acessos de rodovias à Marginal do Tietê na segunda-feira, dia 5, em um protesto contra a restrição que começa a vigorar no dia. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) multará a partir dessa data caminhões que rodarem em horário proibido em vias do centro expandido, como a Marginal do Tietê e as avenidas do Estado, Marquês de São Vicente, Juntas Provisórias e Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello.
Os caminhoneiros são contrários especificamente à restrição na Marginal, alegando que o custo do frete será maior devido aos grandes desvios que terão que fazer para chegar aos mesmos destinos nos horários em que a proibição valer na via. Os veículos não poderão rodar das 5h às 9h e das 17h às 22h de segunda a sexta-feira. Aos sábados, das 10h às 14h.
Uma assembleia definirá na manhã de domingo, dia 4, se a “mega manifestação”, como o ato vem sendo definido pelo setor, será colocada em prática. Mas segundo Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam), boa parte dos profissionais é a favor da paralisação. “Tem até gente de fora.”
Silva afirma que a preocupação com a restrição tem levado caminhoneiros de diversos outros Estados a se manifestarem contra. “Sindicatos de Belém, no Pará, do Ceará, do Maranhão, da Bahia, todos eles estão passando documentos para o e-mail do prefeito (Gilberto Kassab) e do secretário (dos Transportes, Marcelo Cardinale Branco) dizendo que também contestam a restrição na Marginal do Tietê.” Tais entidades, diz ele, poderiam inclusive convocar greves locais em apoio a uma eventual paralisação na capital.
Os detalhes da possível manifestação ainda serão debatidos, mas Silva explica que a intenção é bloquear trechos de rodovias como Ayrton Senna, Dutra, Bandeirantes e Anhanguera. “Os caminhões têm que parar nessas rodovias. Se eles não podem andar em São Paulo, então têm que parar. Então, nós vamos trancar o acesso a São Paulo. Vamos deixar a Marginal livrezinha para ele (Kassab). Depois, aguenta as consequências.”
A CET informou, em nota, que “realizou uma série de reuniões” com representantes das indústrias, empresas e sindicatos do transporte de cargas e caminhoneiros autônomos para discutir a restrição. Segundo a estatal, depois dos encontros, decidiu “pela ampliação para oito horas do horário de permissão de circulação dos caminhões durante o dia”. Inicialmente, a restrição seria das 4h às 10h e das 16h às 22h, ou seja, 3 horas maior que o que será fiscalizado a partir de segunda-feira.
A restrição, divulgou a CET, integra um pacote de medidas “com o intuito de reduzir as ocorrências envolvendo caminhões e que geram interferências” no trânsito.
FONTE: Rodoeng 
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