Facchini

Fabricantes de carretas estimam venda 5% menor

Estimativas anunciadas pela indústria de implementos rodoviários apontam para uma queda de 5% das vendas de reboques e semirreboques usados em caminhões neste ano, como reflexo do menor acesso ao crédito desde abril do ano passado.
Se confirmada a expectativa, esse mercado ficará em 56,46 mil equipamentos em 2012, conforme estimativas da Anfir, a entidade que representa o setor.
No caso dos implementos leves – carrocerias instaladas sobre o chassis dos caminhões e menos expostas às restrições de crédito -, a previsão é de uma queda de 1% nas vendas, para algo em torno de 130 mil unidades.
A Anfir diz que as previsões negativas se devem à mudanças na regra de financiamento do Finame, a linha do BNDES que financia bens de capital. Desde abril, o financiamento do banco passou a cobrir 70% do valor do produto, e não mais 100% como antes. A contração no mercado de caminhões – que usam esses implementos – também afeta o desempenho do setor.
Apesar disso, a indústria de implementos rodoviários deverá investir R$ 1,3 bilhão nos próximos três anos, estimulada pelo crescimento do mercado que levou o setor a alcançar recorde de vendas no ano passado.
Segundo a Anfir, esse novo ciclo de investimento deve elevar a capacidade instalada das atuais 215 mil unidades por ano para perto de 250 mil unidades anuais. O problema é que o setor não consegue mais repetir os bons números do começo do ano passado e começa a mostrar maior ociosidade, que girou ao redor de 10% no ano passado.
O resultado disso pode ser uma diminuição no ritmo dos investimentos, como disse o presidente da entidade, Rafael Wolf. “Não digo que isso (o plano de investimento) vai ser cancelado, mas vai haver uma maior cautela”, comentou o executivo durante a apresentação dos resultados do primeiro bimestre, quando as vendas de carretas recuaram 5,22%
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