As transportadoras de cargas continuam enfrentando dificuldades para contratar motoristas qualificados para preencher vagas disponíveis no mercado de trabalho. No Rio de Janeiro, por exemplo, faltam aproximadamente oito mil profissionais. É o que o afirma o presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzze.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia RJ nesta segunda-feira (26/03), da Rede Globo, Rebuzze destacou que existem situações que fazem com os jovens não se interessem mais pela profissão de motorista. Entre elas, por exemplo, o péssimo estado de conservação de algumas rodovias, o trânsito ruim nos grandes centros urbanos a falta de segurança, que facilita o roubo de cargas.
Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmam essa realidade. Em 2012, até o final deste mês, foram registrados aproximadamente 670 mil transportadores enquanto o número de caminhões chegou a 1,7 milhão de unidades, ou seja, a média é de 2,5 veículos por profissional. Isso mostra que a frota no Brasil também não para de crescer: 170 mil novos caminhões são emplacados por ano.
"Temos uma carência muito grande de profissionais e precisamos preparar os jovens para essa profissão", disse Rebuzze. Segundo o dirigente da Fetranscarga, um dos principais problemas é a falta de formação dos motoristas, que precisam trabalhar com máquinas mais modernas, além de ter noções de informática e gerenciamento de risco.
Sest Senat
Para contribuir com o ingresso de mais profissionais no mercado, o Sest Senat oferece gratuitamente cursos de formação de motoristas em todo o Brasil. O objetivo é atender à demanda das empresas e formar mão de obra qualificada para o transporte de cargas e de passageiros.
Além das aulas práticas, o aluno aprende, por exemplo, sobre noções de cidadania, mecânica, preservação do meio ambiente e qualidade no atendimento. Interessados podem procurar uma das 139 unidades do Sest Senat presentes em todos os estados do país. Um dos requisitos é possuir a carteira de habilitação na categoria C ou D.
Na maioria dos casos, o curso é garantia de colocação no mercado de trabalho. No Sest Senat de Deodoro (RJ), por exemplo, que foi citado na reportagem do Bom Dia RJ, mais de 90% dos alunos conseguem emprego logo após o fim das aulas.
FONTE: Revista Caminhoneiro