Na nossa chegada no Porto de Paranaguá na tarde desta quinta-feira (19), nos deparamos com algumas agradáveis surpresas. A primeira foi a de não encontrarmos qualquer fila na estrada, com uma descida da Serra do Mar tranquila e rápida. A segunda foi a forma organizada e veloz com que o processo de descarga está sendo realizado, com um tempo de espera para os caminhões estacionados no pátio de triagem que varia entre 3 a 5 horas, com o que muitos motoristas estão ganhando mais dinheiro porque podem fazer até três viagens semanais do campo ao terminal, ao invés das duas realizadas normalmente.
E o terminal de Paranaguá está incrivelmente limpo. Na há soja espalhada pelo chão e poucos sinais dos milhares do pombos que infestavam as ruas próximas ao cais que, com seus 20 berços, movimentou 41 milhões de toneladas em 2011, um recorde, sendo 11,6 milhões de toneladas do complexo soja – farelo, óleo e o grão. A administração do Porto diz que que já houve uma redução de 80% no número de aves do local.
O porto paranaense, no entanto, continua com imensos desafios para continuar crescendo para se manter entre os maiores do país. No dia 18 de abril foi assinando, finalmente, o contrato para a a dragagem do Canal da Galheta, via de acesso ao porto, no valor de R$ 37 milhões. A obra deve começar em 45 dias e é fundamental para que o terminal recupere seu calado de 15 metros, o que permite a entrada de navios de maior porte. Outros pontos urgentes são a dragagem dos berços e a recuperação e modernização dos ship loaders do Corredor de Exportação para existir menor tempo de espera de navios ao largo, atualmente na média de 20 dias. A sensação que fica é a de que o Porto de Paranaguá, hoje, quer provar que não parou e que está disposto a recuperar o tempo e a carga perdida para outros terminais devido a falta de investimentos.
FONTE: Globo Rural