Facchini

Vocação para ruas e avenidas

O novo mercedinho está no mercado. Assim é apelidado o Accelo 815, que chega para substituir o líder de vendas da Mercedes-Benz no segmento de caminhões leves: o modelo 715. Além da capacidade de carga, que aumentou em 1,6 tonelada, houve incremento de 36% na potência e 26% no torque.
Para ver como o VUC (abreviação de Veículo Urbano de Carga) se sai, pegamos carona em um trajeto que começou e terminou na fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo, passando pela Rodovia Anchieta até o perímetro urbano do bairro Riacho Grande.
Durante o passeio (por ruas e estradas), foi possível observar o bom desempenho do caminhão leve que tende a ser opção aos modelos pesados, pois o cenário atual restringe conjuntos maiores que 6,30 metros de comprimento e 2,20 metros de largura - o que abrange vias importantes da Capital e de cidades da região metropolitana de São Paulo, como Osasco e Diadema.
Durante os 47 quilômetros rodados, foi fácil perceber a força do motor de 4,8 litros. Apesar de levar uma câmara frigorífica vazia como implemento, o bloco mostrou-se bem disposto, mantendo o caminhão a constantes 80 km/h na estrada. Para se ter noção, o propulsor de 59 mgkf de torque entre 1.200 rpm e 1.600 giros poderia carregar conjuntos de até 17 toneladas.
Outra novidade do bloco (a diesel) é a tecnologia BlueTech 5, que atende às normas do Proconve P-7 - que regulamenta a redução na taxa de emissão de gases poluentes.
Se, na mecânica, o mercedinho veio cheio de novidades, por fora, mudanças só no conjunto de faróis e na grade frontal, agora independente da carroceria e feita em plástico preto.
Por dentro da cabine, a ideia foi repaginar os bancos e o painel, que conta com computador de bordo, cujo intuito é dar informações gerais sobre o desenvolvimento do VUC.
Além da versão 815, que custa R$ 121.614, o Accelo está disponível no modelo 1016, com peso bruto total de 9,6 toneladas e preço de R$ 132.613.
Cada vez mais comuns
Os veículos urbanos de carga, também chamados de VUCs, são a salvação para frotistas que precisam fazer entregas em horário comercial nos centros urbanos que implementaram restrições a caminhões. Na região metropolitana de São Paulo, Osasco e Diadema já adotaram a medida, além da Capital, que puxou o barco.

MERCADO
Até março, os dez modelos mais vendidos do segmento somaram 8.054 emplacamentos, o que significa 21,5% do registrado no acumulado de 2011, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
Para o engenheiro de marketing de caminhões da Mercedes-Benz, Wilson Baptistucci, a tendência é que as montadoras passem a dar mais atenção ao segmento de leves, que abrange 23% do mercado - apontam os dados da empresa. "Estamos focando no desenvolvimento de veículos que proporcionem eficiência e produtividade para o público que precisa fazer entregas rápidas em horário comercial", diz.
Para isso, a companhia alemã colocou no mercado a nova linha Accelo, que briga pela liderança de vendas com a MAN Volkswagen. O Delivery 8.150, modelo que faz parte ainda da linha 2011, é o primeiro colocado no acumulado do ano, com 1.798 unidades vendidas.
Outra concorrente de respeito é a Ford, que está na disputa com a família Cargo e Transit. 
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