A greve dos metalúrgicos da Volvo durou pouco. Três dias depois de anunciar a paralisação dos trabalhos na planta de Curitiba, os cerca de quatro mil funcionários da fábrica aceitaram a proposta da empresa sueca, que irá pagar um pacote de R$ 25 mil, entre Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e abono, e mais 3% de aumento real (reajuste acima da inflação, medida pelo INPC) nos salários e no vale-mercado. Isso faz do acordo o maior acerto salarial do Brasil, segundo dados do Dieese reproduzidos pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec).
O pagamento dos R$ 25 mil será dividido em duas parcelas, a primeira de R$ 12,5 mil até o fim deste mês e a segunda em fevereiro de 2013. O reajuste de salário passa a valer em setembro, data-base da categoria. O sindicato ainda afirma que o acordo vai injetar R$ 102,5 milhões na economia do Paraná.
Logo após assembleia que selou o conquista do acordo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, enalteceu o espírito de luta e mobilização dos trabalhadores da Volvo. “Mais uma vez os metalúrgicos da empresa demonstraram ter consciência de seu valor e capacidade de organização para lutar pelo que é justo”, afirmou, acrescentando que na resolução da greve, o bom senso prevaleceu, beneficiando não apenas os metalúrgicos, mas também a montadora, com um acordo que vale por 365 dias.
Volvo em números
Segundo a revista Volvo Trucks Globetrotter, editada pela montadora, o fornecimento de caminhões alcançou 115.345 unidades no mundo inteiro em 2011. Em comparação a ano anterior o aumento foi de 53%. Só no Brasil a planilha da empresa registrou um fornecimento de 20.806 caminhões, representado uma evolução de 29%, em comparação a 2010.
FONTE: Brasil Caminhoneiro
