A Prefeitura de Cubatão pretende criar uma área exclusiva no Jardim Casqueiro para que parte dos caminhoneiros do bairro estacione os seus caminhões e carretas. A medida começou a ser discutida na última semana pela Companhia Municipal de Trânsito (CMT) e os profissionais.
Entre as possibilidades está a criação de bolsões de estacionamento em quatro vias próximas à Avenida Joaquim Jorge Peralta, onde o número de caminhões estacionados aumentou muito nos últimos meses, sendo que parte desses veículos são de outras cidades da região.
Esses estacionamentos funcionariam apenas para atender aos caminhoneiros com veículos emplacados em Cubatão, cujos proprietários sejam moradores do bairro. A intenção inicial da CMT é fazer os bolsões nas ruas Olívia de Jesus Peralta, Rosa Pereira Cunha, Otília da Cruz Ruivo e José Maria Ruivo. Os caminhoneiros seriam credenciados e poderiam parar seus caminhões e carretas gratuitamente.
A ideia precisa ser mais divulgada porque entre os caminhoneiros ainda há muitas dúvidas. Para Nivaldo Brandão Lemes, que há 30 anos mora no Casqueiro e é caminhoneiro, a ideia do Município é boa, desde que a segurança dos veículos seja garantida. “Não posso parar meu caminhão em um local onde não há condições de segurança. Tem equipamentos, como o tacógrafo por exemplo, que são muito visados pelos bandidos”, analisa ele. Apesar disso, o profissional acha uma boa ideia ter um local específico para estacionar. “Sei que o caminhão incomoda. Se for feito direitinho acho que é uma boa ideia”.
Rafael Amorim Ferreira é de uma família de caminhoneiros e considera a ideia boa, mas precisa de ajustes e de esclarecimento. Uma das dúvidas é sobre a permissão para estacionar pelo menos o cavalo em frente de casa. “O cavalo eu acho que deve ser liberado. Nasci aqui, o meu pai ajudou a construir esse bairro e acho que tenho o direito de parar o meu caminhão em frente de casa. A carreta tudo bem, pode ficar lá”.
O também caminhoneiro Ataíde Matheus de Almeida disse que aderirá a ideia, desde que o Município lhe dê condições ideais. “Não vejo problema algum. Se me garantirem a vaga e tiver segurança eu vou gostar”. Atualmente, ele e mais 17 colegas de profissão já estacionam os seus caminhões em uma área próximo à Avenida Joaquim Jorge Peralta, onde não é proibido. “A gente se cotizou e pagamos seguranças para cuidarem dos caminhões”.
Segundo a CMT, na região do Jardim Casqueiro existem 110 caminhões registrados na Cidade. A intenção é que sejam disponibilizados locais apropriados para todos eles gradativamente.
FONTE: Jornal A Tribuna