Os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) apontam que apesar da intensa movimentação agrícola dos Estados do Centro-Oeste – o que demanda muitos caminhões para o transporte da produção -, a região se posiciona como a quarta colocada do país em número de veículos de carga, com 206 mil unidades.
O Estado de Goiás é o detentor da maior frota na região, com cerca de 90 mil caminhões, carretas e bitrens, seguido de Mato Grosso, com 74.4 mil e, de Mato Grosso do Sul, com 41.6 mil - fatia que representa menos de um quarto dos 206 mil caminhões do Centro-Oeste.
Os números corroboram com as reclamações de sindicatos de freteiros em Mato Grosso, de que há uma “invasão” de caminhões “estrangeiros” na época da safra. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC), com sede em Rondonópolis (220 km ao Sul de Cuiabá), reclama que a migração de caminhões para o Estado influi no preço do frete, pois a oferta de carrocerias vazias é maior, fazendo o preço cair ou pelo menos ficar estável.
Já em Mato Grosso do Sul, o presidente da Associação dos Produtores (Aprosoja/MS), Almir Dalpasquale, diz que mais de 90% dos grãos de MS são encaminhados para outros Estados via rodovia há necessidade da evolução do setor no quesito logística.
“Todos os envolvidos mostram interesse no crescimento dos agricultores do Estado, e para isso pretendemos soluções práticas, como a melhoria das rodovias com pavimentação e uma segunda alternativa de escoamento”, afirmou, por meio da assessoria da Aprosoja/MS.
Dalpasquale também informou que os destinos dos fretes de grãos em 2012 se dividem em três portos: o de Santos (SP) com 40%, o de Paranaguá (PR) com 35% e o de São Francisco do Sul (SC) com 25% das cargas.
FONTE: Cenário MT