Seis meses se passaram e o desempenho no mercado de implementos rodoviários continua negativo. Conforme balanço da ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), o primeiro semestre de 2012 apresentou queda de 9,35%. De janeiro a junho as empresas do setor produziram e venderam 82.466 unidades, ante 90.972 produtos fabricados e comercializados no mesmo período de 2011.
O motivo da retração, segundo a entidade, foi uma confluência de fatores. A demora do governo em alterar as regras para concessão de financiamento via Finame para a venda de implementos rodoviários (até abril desse ano a parcela financiável era de 70%); a espera dos clientes por melhores condições para compra; e a situação geral na indústria, que em maio realizou o nono mês consecutivo de queda em suas atividades.
Para a Associação, repetir o mesmo resultado de 2011 está um tanto distante do cenário atual. “Teremos pouco mais de cinco meses para tentar reverter a tendência de queda na atividade do setor”, adverte Alcides Braga, presidente da ANFIR.
“Os pacotes de incentivo baixados pelo governo em abril e maio são bem vindos, porém não houve tempo para o mercado absorver os benefícios o que acabou gerando paralisia no setor”, diz o presidente da ANFIR.
Em 2009, o setor de implementos rodoviários também apresentou queda no número de emplacamentos no primeiro semestre. Na ocasião houve um período semelhante com resultado negativo. “Foi o reflexo do início da crise mundial e, com a queda no ritmo da produção industrial, o setor de implementos rodoviários sentiu os efeitos imediatamente”, explica Mario Rinaldi, diretor Executivo da ANFIR. Com as medidas baixadas na época, de estímulo ao consumo e a produção industrial, o setor se recuperou.
No segmento Pesado (reboque e semirreboque) dos 15 modelos de produtos pesquisados pela ANFIR, somente três apresentaram resultado positivo. A queda foi de 13,32%.
No segmento Leve (Carroceria sobre chassi), dos sete modelos de produto, apenas o modelo Tanque registrou desempenho positivo. No geral, o segmento apresentou, de janeiro a junho de 2012, queda de 7,46% sobre o mesmo período de 2011.
FONTE: Brasil Caminhoneiro