Minas Gerais tem 33 mil km de estradas federais e estaduais, mas apenas 936 km são duplicados. O montante corresponde a 2,8% do total e justifica grande parte dos problemas enfrentados pelos motoristas, como longos congestionamentos e o risco constante de acidentes graves. O Estado tem ainda 238 mil km de estradas municipais, mas não há um levantamento sobre elas.
A maioria dos trechos duplicados é federal: são 781 km duplicados entre os 6.400 km de BRs - o equivalente a 12,2% do total. Nas estradas sob a gestão do Estado (estaduais e delegadas) a situação é pior: são 155 km duplicados em um total de 26.992 km de extensão (0,5%). Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), são 139 rodovias estaduais e apenas dez duplicadas.
Para especialistas em estradas, o número de rodovias duplicadas é muito pouco diante da importância econômica da malha rodoviária.
Na BR-262, no trecho de 84 km entre Betim e Nova Serrana, por exemplo, a duplicação reduziu em 90% o número de batidas frontais, o tipo de acidente que mais mata no Estado, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante seis meses antes da intervenção, foram registradas 20 colisões. Seis meses depois da intervenção, foram apenas duas. Na BR-381, conhecida como Rodovia da Morte, 119 pessoas morreram apenas nos seis primeiros meses deste ano.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que as obras dependem da liberação de verba por parte do governo federal e de votação no Congresso. Para agilizar o processo, a promessa da União é repassar, em 2013, as BRs 116 e 040 para a iniciativa privada. As concessionárias ficarão com a missão de duplicar as rodovias. O processo, no entanto, deve levar pelo menos cinco anos.
Já o DER-MG informou que a duplicação depende da demanda, do tráfego, do custo e da disponibilidade de recursos. A última obra feita pelo governo estadual foi a duplicação da MG-010, finalizada em junho de 2007, com investimento de R$ 200 milhões.
FONTE: Estradas.com.br