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Cegonheiros chegam a acordo com Fiat em Betim-MG

Os cegonheiros que fazem o transporte de carros da Fiat de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, chegaram nesta terça-feira (16) a um acordo com a empresa automobilística e recuaram da ameaça de paralisar as atividades. O presidente do sindicato do setor, Carlos Roesel, disse que a montadora se comprometeu em atender a principal reivindicação da categoria, que é melhorar o sistema de carregamento dos caminhões, o que costuma demorar até quatro horas hoje
"A Fiat tem 18 pátios espalhados pela região metropolitana e, muitas vezes, os veículos não estão prontos para o embarque. Chegamos a esperar até quatro horas, enquanto o processo poderia ser concluído em 40 minutos", argumentou.
Roesel afirmou que esse tempo eleva ainda mais os custos que os cegonheiros tiveram com a entrada em vigor da Lei 12.619/2012, que estabelece regras para a atuação dos motoristas profissionais, empregados ou autônomos, de cargas ou passageiros. "Com a nova lei, esse tempo de espera passou a ser remunerado para o caminhoneiro, e quem está pagando esta conta somos nós, os donos dos caminhões", reclamou.
"A Fiat comprometeu-se a concentrar o carregamento em um pátio, o que já será um avanço", disse. De acordo com ele, as determinações da legislação impuseram um aumento médio de custo com logística de 30%. A norma determina, entre outros pontos, descanso de 11 horas no mínimo entre o início das jornadas e intervalo de uma hora para o almoço e de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas. Roesel afirmou que a negociação sobre o repasse desses custos ao valor do frete é inevitável. "Não se trata de aumento do preço do frete, mas de repasse de um custo que está na nossas costas."
A decisão de entendimento foi tomada na terceira assembleia dos empregados, realizada em frente a um dos portões da fábrica. Os 1.200 motoristas de cegonha ligados ao sindicato, em Betim, transportam cerca de 3 mil automóveis da Fiat por dia.

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