Facchini

Indústria de implementos rodoviários reage e reduz perdas de 2012

A indústria de implementos rodoviários registrou de janeiro a novembro desse ano o emplacamento de 146.599 unidades, entre Reboques, Semirreboques e Carrocerias sobre chassis. O número está 15,71% abaixo do resultado do mesmo período de 2011 (173.918), porém pode ser considerado como positivo, pois representa uma redução nas perdas que vêm se acumulando ao longo do ano, indicando uma reação.
“As medidas baixadas pelo governo estão surtindo efeito positivo, porém lentamente”, avalia Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
O PIB do terceiro trimestre cresceu apenas 0,6% na comparação com o segundo trimestre e 0,9% sobre o mesmo período de 2011. Com isso, as projeções de crescimento da economia brasileira recuaram para cerca de 1%. O setor de implementos rodoviários, por ser responsável pelo transporte de 60% de todas as mercadorias em território brasileiro, sofre diretamente com a desaceleração da produção brasileira, afirma a ANFIR.
A prorrogação até dezembro de 2013 das condições especiais do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), linha de crédito subsidiado pelo BNDES que financia a compra de bens de capital, é considerada pela ANFIR como positiva. “É um sinal claro que o governo compreende a dependência do setor produtor do financiamento público”, diz o presidente da ANFIR. Os juros passarão a ser de 3% ao ano no primeiro semestre e 4% ao ano no segundo semestre, contra os atuais 2,5%. “A mudança não deverá afetar os negócios do setor”, avalia Braga.
O presidente da ANFIR descarta uma corrida de antecipação de pedidos para aproveitar a taxa menor. “Os clientes da indústria de implementos de forma geral já estão com seus pedidos fechados e encaminhados e como a redução é pequena não há no horizonte nenhum sinal de que haja efeito de desistência nos processos, como ocorreu anteriormente”, explica.
A ANFIR acredita que o pacote de benefícios destinado ao setor da construção civil (substituição da contribuição de 20% sobre a folha de pagamento por outra de 2% sobre faturamento) também deve trazer reflexos positivos ao setor.
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